Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
MP-BA promoveu reunião nessa segunda para analisar situação
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 10:33
- Atualizado há um ano
Foto: Divulgação O Núcleo de Defesa da Bacia do Rio São Francisco (Nusf), órgão do Ministério Público da Bahia (MP-BA), realizou, nesta segunda-feira (11), uma reunião para discutir os possíveis impactos ambientais no braço baiano do Velho Chico, após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG).
O evento contou com representantes de órgãos públicos - Ibama, Funasa, Agência Nacional de Mineração (ANM), Defesa Civil, Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa) -, além de entidades da sociedade civil, professores e universitários.
Segundo a assessoria do Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), os estudiosos acreditam que a lama não deve chegar à Bahia, mas a água carregada com os metais, mais cedo ou mais tarde, afetará o São Francisco."A ideia é trabalhar na prevenção, de modo que sejam adotadas todas as medidas para impedir que a lama chegue ao São Francisco, na sua porção baiana. Desta forma, os monitoramentos da água e da fauna aquática precisam ser realizadas", explica a promotora Luciana Khoury, coordenadora do Nusf e da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI).Durante a reunião, foi definida a realização de uma audiência pública na região de Bom Jesus da Lapa, Oeste do estado, que é banhada pelo São Francisco. A Promotoria Regional Ambiental vai instaurar um inquérito civil para acompanhar os impactos no local.
O MP-BA deve cobrar, ainda, a realização do monitoramento constante da água e da fauna aquática, nos parâmetros de todos os possíveis contaminantes e metais pesados.
Também será instalado um comitê interinstitucional para implementação de ações do Vigidesastre, programa da Divisa voltado para populações expostas a desastres.
Os presentes na reunião destacaram, ainda, a necessidade de medidas firmes de combate à qualquer tipo de flexibilização da legislação ambiental.
No dia 25 de fevereiro, uma mobilização organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens, a ser realizada em todos os municípios da bacia do São Francisco, será fortalecida também em Salvador, com uma manifestação na Praça da Piedade, ao meio-dia.