'Essa dose traz alívio para a categoria', diz rodoviário após ser vacinado contra covid-19

Decisão judicial determinou vacinação de toda categoria ativa a partir dos 18 anos

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  • Bruno Wendel

Publicado em 8 de maio de 2021 às 12:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Bruno Wendel/CORREIO

O que mais cabe num frasco 2,5 ml? Além da vacina contra o coronavírus, a esperança de dias melhores para uma categoria que desde o início da pandemia, em março do ano passado, vem rodando Salvador na companhia do medo. "Era muita tensão. Perdemos muitos colegas para a covid-19. Essa dose traz alívio ara a categoria e para todos que isso vai passar", declarou o motorista de ônibus José Santos Rocha, 45 anos, na manhã deste sábado (8), após receber a primeira dose da Astrazeneca no 5° Centro de Saúde (Barris). 

Em cumprimento a uma decisão judicial, os rodoviários com idade igual ou superior a 18 anos passaram a ser vacina contra a covid-19 neste sábado. Para ter acesso ao imunizante, os rodoviárioso trabalhador estavam com os nomes cadastrados no site da Secretaria Municipal da Saúde e no ato da vacina apresentaramdocumento oficial de identificação com foto e cópia impressa do último contracheque.

Foi na carona da moto do sobrinho que José Santos chegou para ser vacinado por volta das 9h30 no drive. Ele estava de folga e não precisou pegar fila. "Estava em casa e aproveitei logo para me imunizar desta terrível doença. Agora começo ficar mais tranquilo para transportar a população. Espero poder tomar a segunda dose. Isso é uma conquista muito grande para a categoria", disse ele, que tomarás próxima dose no dia 6 de agosto. José Santos foi de carona na moto do sobrinho (Foto: Bruno Wendel/CORREIO) José é  trabalha fazendo a  linha Barra / Lapa. Ele descreveu como era transportar as pessoas  antes de ser vacinado. "Era terrível. Uma insegurança. A gente trabalhava apavorado. Os ônibus só andam lotados. Só ontem foram 491 passageiros transportados", contou. 

O também motorista de Augusto Madureira , 45, recebeu a primeira dose na drive da FTC. Ele roda na linha Mirantes de Periperi / Imbuí. "É um alívio, mas totalmente tranquilo só com a próxima agulhada", brincou. No dia a dia, Augusto leva, em média, 150 passageiros. " A maioria viaja em pé. É uma aglomeração danada. A vacina trouxe pra gente um sopro de vida", declarou.  Augusto disse que só ficará totalmente tranquilo quando receber a segunda dose da vacina (Foto: Bruno Wendel/CORREIO) Vacina antecipada Este domingo é o Dia das Mães e por isso não haverá vacinação. Logo, muita gente resolveu antecipar a imunização, como foi o caso da auxiliar de secretaria Andreia Cruz, 41. Ela tem lúpus e se enquadra no quesito de prioridade pela comorbidade. "Tentei ontem em dois pontos e não consegui por conta do horário de fechamento, mas hoje vim mais cedo. Eu passei um ano trabalhando em casa. Que venham mais ações como está. Viva o SUS", comemorou. (foto: Bruno Wendel/CORREIO)