'Estamos mais próximos do que distantes da volta às aulas', diz Rui Costa

Governador fala em retomar quando número de óbitos diários chegar a 20 - está em 28

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  • Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2020 às 09:44

- Atualizado há um ano

. Crédito: Wendel de Novais/CORREIO

O governador Rui Costa afirmou que o estado está mais perto das volta às aulas, mas ainda não confirmou nenhuma data de quando isso pode acontecer. "Hoje, nós estamos mais próximos do que distantes da volta às aulas. Se a gente reduzir pra 20 óbitos, nós já nos encorajamos para retornar às aulas dentro do protocolo. Vamos continuar monitorando", afirmou Rui nesta segunda-feira (19), durante entrega de uma obra em Brotas. No boletim divulgado ontem, 28 novas mortes por covid-19 foram registradas.

Na sua avaliação, a situação está sob controle, com número de internações e óbitos em queda, apesar do aumento nos casos infantis.  "Por enquanto, os números estão em queda em relação a óbito e internados. Os leitos infantis que foram mais ocupados impactam muito percentualmente porque o número de leitos pediátricos são muito pequenos porque não era uma doença que chegasse até às crianças. Qualquer variação pediátrica, provoca um número expressivo. Mas, por enquanto, não temos nada que indique uma segunda onda"

O governador pediu mais responsabilidade em eventos eleitorais pelo estado. "Nós tivemos uma reunião com UPB e MP-BA. Naquela oportunidade, pedi pra que a Justiça Eleitoral monitorasse as ações de campanha. Acho que não cabe ao executivo, para que não fique parecendo que queremos prejudicar um candidato ou outro. De fato, as imagens saltam aos olhos. Foi solicitado à Sesab um parecer sobre as caminhadas e houve um parecer contrário. Caminhadas de ritmo de quase micareta. Eventos com gigantescas aglomerações, gente sem máscara e consumindo bebidas alcoólicas. A medida que a gente tem pra minimizar isso é optar por carreatas, que não têm tanta aglomeração. Mas, quando é caminhada, nós temos a preocupação. Mas não vamos tomar nenhuma iniciativa direta. Agiremos só reivindicando a ação da Justiça Eleitoral", afirma.

Ele falou da necessidade de ampliar testagem e que também está curioso com o fato de não haver aumento de casos diante das aglomerações registradas. "A nossa intenção é tirar disso algum tipo de diagnóstico para verificar e também nos preparar pra uma possibilidade de segunda onda", diz. "Por enquanto, o único termômetro confiável que temos é a procura por leitos de UTI e de UPA. Estou curioso pra saber porque ou de fato conseguimos a imunização de rebanho ou algo assim pelo nível de aglomeração que temos, não só em eleição".