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Arquitetos dão dicas do melhor formato do móvel para harmonizar com o tipo de espaço
Victor Lahiri
Publicado em 15 de novembro de 2018 às 06:00
- Atualizado há um ano
A mesa de jantar é uma peça de mobília simbólica em qualquer domicílio. Basta cruzar as portas da entrada e olhar ao redor que em pouco tempo se nota a presenca dela. Mas a peça, além de decorativa, tem uma função a cumprir. O CORREIO foi buscar com especialistas da decoração qual, então, é a melhor forma de utilizá-la nos projetos de decoração.
União e hospitalidade são palavras-chave que definem o papel da mesa de jantar, segundo o arquiteto Ed Vasco. Ele prega que não importa nada a beleza da peça se ela não for ‘funcional’. “A função da mesa de jantar é ser um item fundamental de integração das pessoas da casa, por isso, além da preferência do morador, é importante ter como referência de escolha o espaço no qual ela vai estar inserida”, explica.
Ed cita que mesas retangulares funcionam melhor em salas retangulares. Caso o ambiente tenha um formato quadrado, pode ser mais interessante apostar nas opções ovais, redondas ou quadradas, apesar de não sugerir tanto a última opção. “No caso da mesa retangular, eu evito utilizar nos meus projetos em função daquele formato tradicional de cabeceira, que, de certa forma, hierarquiza as pessoas. Já a quadrada pode ser um pouco compacta e prejudicar na hora de acomodar e passar os pratos e travessas”, afirma.
O arquiteto e decorador Alex Galetti, por sua vez, também costuma basear seus projetos no tipo de espaço para qual a mesa se destina, e garante que a funcionalidade é o seu principal foco. “Hoje em dia está se usando muito a sobreposição de mesas, ou seja, existe a mesa ‘base’, que pode ser de material mais pesado ( ou algo mais fixo). E sobreposta a ela temos uma mesa mais versátil, um pouco mais alta, se encaixando com a mais baixa, que em alguma ocasião pode se soltar da composição e servir de apoio para algum evento”, explica.
Cuidados
A análise da realidade familiar, na hora de definir a escolha da mesa de jantar, também é um aspecto de grande importância para Galetti. Ele explica que em imóveis onde vivem crianças e idosos, as mesas ovais ou redondas são bem-vindas pois as “quinas”, podem ocasionar acidentes.
“O mesmo cuidado deve ser aplicado aos tampos em vidro, que atraem pela aparência, porém, são menos seguros em lares com crianças e idosos. Para não errar, uma boa estratégia é priorizar sempre peças com tons claros, ou as menos rebuscadas, que podem ser uma boa escolha para quem quer compor um ambiente sem chamar muita atenção”, ressalta o arquiteto.
Ed Vasco, por sua vez, diz que uma boa alternativa é manter o conceito da peça, mas solicitar que as ‘quinas’ sejam arrendondadas para evitar acidentes, desde que ainda assim seja assegurada a preferência do cliente.
Melhor formato depende do ambiente e da necessidade
Retangular O formato mais tradicional para mesas de jantar é ótimo para ambientes mais amplos, pois permite a circulação de pessoas sem maiores transtornos. É muito procurado também por pessoas que preferem as tradicionais cabeceiras.
Quadrada Ideal para ambientes mais compactos. Com uma base de quatro pés, porém, pode ser mais difícil de acomodar pessoas. A mesa quadrada pode ser usada no centro, com uma lateral encostada na parede ou formando um ângulo com as paredes.
Redonda As mesas redondas, em geral, possuem pé único e central, oferecendo mais espaço entre as pessoas e e facilitando que mais gente seja acomodada. Por também ajudar na circulação, pode se encaixar em qualquer lugar do ambiente.
Oval As mesas ovais têm as mesmas vantagens das redondas, com a diferença no comprimento, o que permite acomodar ainda mais pessoas simultaneamente. Funcionam melhor em ambientes mais amplos, dependendo do número de lugares.
Balcão As mesas tipo balcão são uma tendência em meio à nova realidade das cozinhas gourmet. Quando integradas à bancada do espaço, possibilitam um apoio para comportar panelas e travessas que se misturam com os pratos em mesas mais compactas.