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Mario Bitencourt
Publicado em 2 de julho de 2019 às 21:30
- Atualizado há 2 anos
Foto: Leitor CORREIO Uma estudante com Síndrome de Down foi deixada trancada em uma escola estadual da cidade de Serra do Ramalho, no Oeste da Bahia, nesta segunda-feira (1º), após a direção da unidade dispensar os alunos sem verificar as salas de aulas.>
Segundo relato da família, Ivandeide Rodrigues dos Santos (29), aluna do 1º ano do ensino médio no Colégio Estadual Anísio Honorato, chegou à escola por volta das 13h e foi direto para a sala, onde ficou sentada à espera da aula começar.>
Momentos depois, contudo, a direção da escola deu o aviso aos alunos que estavam na área de recreação que não teria mais aula por conta de ser ponto facultativo, devido ao feriado de 2 de julho, e muitos professores não tinham ido trabalhar.“Mas ninguém se preocupou em passar nas salas para dar esse aviso e minha irmã ficou trancaram na escola, sozinha. Nem vigia ficou. Uma total irresponsabilidade”, disse o funcionário público municipal Alailton Rodrigues, irmão da estudante.De acordo com Rodrigues, a irmã dele relatou que quando percebeu que não tinha ninguém na escola foi para a porta da unidade e sentou numa cadeira para esperar que alguém aparecesse.>
Só foi dado conta de que a menina estava trancada na escola por volta das 17h30, quando a mãe dela se dirigiu ao colégio para buscá-la. A família acionou a Guarda Municipal, que quebrou os cadeados do portão para a aluna sair.“Ela disse que não teve medo de ficar sozinha, nós é que ficamos muito desesperados com a situação, principalmente a minha mãe, que ficou em estado de choque”, disse Rodrigues, segundo o qual é o primeiro ano de Ivandeide na escola.Nesta quarta-feira, segundo disse, a família avaliará as providências que serão tomadas. “Vamos avaliar quais providências tomaremos, se vamos ao Ministério Público ou ao Núcleo Regional de Educação, vai depender de minha mãe”, falou.>
Por conta do feriado, o CORREIO não conseguiu contato com a direção do colégio. Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (SEC) informou que “irá apurar o caso para a adoção das medidas cabíveis.”>