Estudo revela que casos da variante delta têm carga viral 300 vezes maior

A carga mais alta significa uma maior capacidade de transmissão do vírus

Publicado em 24 de agosto de 2021 às 15:51

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Itamar Crispim/Fiocruz

Um estudo conduzido pela Agência Coreana de Controle e Prevenção de Doenças (KDCA) revelou que pessoas infectadas pela variante delta do coronavírus têm carga viral 300 vezes mais alta que a dos portadores da cepa original, no momento em que os sintomas foram observados inicialmente.

Contudo, a carga regrediu gradualmente ao longo do tempo. Depois de quatro dias desde a detecção, a carga viral se tornou 30 vezes mais alta que a original, já no dia nove, ela ficou 10 vezes mais alta. Depois do décimo dia, seu nível passou a ser semelhante ao das demais variantes, apontou o estudo sul-coreano. 

Segundo Lee Sang-won, do Ministério da Saúde da Coreia do Sul, uma carga viral mais alta significa que o vírus se transmite com mais facilidade, o que aumenta o número de contágios e de hospitalizações, 

“Mas isso não significa que a variante delta é 300 vezes mais infecciosa... acreditamos que sua taxa de transmissão seja 1,6 vez mais alta que a da variante alfa, e cerca de duas vezes mais alta que a da versão original do vírus”, disse em entrevista coletiva.

O estudo utilizou 1.848 pacientes infectados com a variante delta em comparação a outras 22.106 pessoas contagiadas com outras variantes.

Na última segunda-feira (23), a Coreia do Sul informou 1.509 novos casos de coronavírus. O  total nacional é de 239.287 infecções, com 2.228 mortes. No país de 52 milhões de habitantes, 51,2% já receberam ao menos a primeira dose, e 23,9% tomaram as duas doses.