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Jairo Costa Jr.
Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 06:50
- Atualizado há 2 anos
Horas após a coluna revelar que o ex-deputado estadual Marcell Moraes (PSDB), mesmo cassado há mais de um mês, continuava utilizando o carro oficial destinado aos parlamentares da Assembleia Legislativa, o tucano resolveu entregar o veículo ontem. De acordo com informações da área responsável pela frota da Casa, o Toyota Corolla que estava sob a posse do ex-deputado foi devolvido às 15h20 da quarta-feira. Conforme noticiado na Satélite, Moraes permanecia com o automóvel, apesar de seguidos pedidos de devolução feitos pelo setor administrativo da Assembleia. Legalmente, carros oficiais são de uso exclusivo dos deputados no exercício do mandato. Desde que teve a cassação formalizada pela Casa, há cerca de 15 dias, Moraes perdeu o direito de utilizar recursos que pertencem ao Legislativo estadual. >
Unhas e dentes Antes de ser entregue ao recém-empossado deputado Carlos Geilson (Podemos), o veículo precisará de reparos para consertar danos aparentemente causados pelo transporte de animais.>
Fatos sobre argumentos A data da devolução contradiz o que foi dito à imprensa ontem pela assessoria do ex-parlamentar cassado por decisão do TSE - que o Corolla havia sido entregue à Assembleia no último dia 24, quando o deputado Tiago Correia (PSDB) tomou posse definitiva do mandato, na vaga aberta com a saída de Marcell Moraes.>
Além do Oeste Uma investigação sobre o juiz aposentado José Ramos Dias Filho, cujas decisões na Justiça do Piauí foram apontadas como a origem do esquema desbaratado na Operação Faroeste, confirmou tentáculos da organização criminosa liderada pelo falso cônsul Adailton Maturino além do Oeste da Bahia. Sobretudo, no Sul do estado.>
Marca do esquema Das mais de 200 transferências imobiliárias com fortes indícios de fraude que foram autorizadas pelo juiz no país, há imóveis de valor em Canavieiras, Itacaré, Itabuna e Gandu. Os casos têm o mesmo modus operandi: a carta de posse era expedida em nome de laranjas, que transferiam os bens ao grupo de Maturino.>
De boca aberta A decisão do governo federal de escolher a Companhia de Docas da Bahia (Codeba) como a única na lista de estatais passíveis de privatização surpreendeu lideranças de peso no setor produtivo do estado. Pelo longo histórico de feudo político, considerava-se bastante difícil a inclusão da empresa que controla os portos de Salvador, Aratu e Ilhéus nos planos de desestatização tocados pelo Planalto, anunciada ontem.>
Maré virada A princípio, a avaliação entre o empresariado baiano era de que a proposta de privatizar a Codeba esbarraria na rejeição feroz da bancada do estado no Congresso. Contudo, a maioria dos parlamentares sinalizou apoio à ideia, vista como oportunidade para deslanchar o setor portuário da Bahia, travado por décadas de controle político."Vou ajudá-lo a ser reconduzido à presidência, como fiz na primeira vez, e colocarei meu nome como vice-presidente desta Casa. Não tenho vaidade. O importante é que a Câmara funcione bem" - Luiz Carlos, vereador reeleito com maior número de votos e presidente do Republicanos de Salvador, ao anunciar apoio ao segundo mandato de Geraldo Júnior (MDB) à frente do Legislativo municipal>