Ex-pastor acusado de matar mulheres a pedradas é preso por estuprar a enteada

Polícia diz que homem aproveitou que jovem tinha bebido para abusar dela

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 18:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Polícia Civil

O ex-pastor evangélico Edimar da Silva Brito, 40 anos, foi preso nesta quarta-feira (16), sob acusação de ter estuprado a enteada de 21 anos, em Itarantim, no sudoeste baiano. Esse não é o primeiro crime pelo qual o homem responde. Em 2016, ele foi acusado de matar duas mulheres a pedradas, uma pastora e a sobrinha dela, em Vitória da Conquista, na mesma região.

Segundo o delegado Eder Goulart Nogueira, a jovem relatou que Edimar aproveitou que ela dormiu embriagada para forçá-la a ter relações sexuais. “A vítima acordou com o acusado penetrando-a, após ter feito carícias nas partes íntimas. Ela acordou e pediu ajuda, e o acusado empreendeu fuga do local”, relatou o delegado.

Edimar foi localizado pela Polícia Militar em uma outra residência, por volta das 9h desta quarta-feira, e preso em flagrante. Ele será levado para o Conjunto Penal de Vitória da Conquista. O CORREIO não conseguiu contato com o advogado de defesa do acusado.

O ex-pastor foi submetido a júri popular pelo duplo homicídio cometido na noite de 19 de janeiro de 2016 contra a pastora evangélica Marcilene Oliveira Sampaio, 38, e a prima dela, Ana Cristina Santos Sampaio, 37, que é de São Paulo e, na época, estava na Bahia para participar de um casamento.

Os crimes, segundo o Ministério Público da Bahia, com base em investigações da Polícia Civil, ocorreram por motivo de vingança contra a pastora Marcilene e o marido dela, o também pastor Carlos Eduardo de Souza, 50. Ambos estavam à frente de uma igreja junto com Edimar, mas acabaram saindo e abrindo outro templo religioso, levando com eles vários fiéis.

Apesar de, no mesmo dia em que foi condenado a júri popular ter recebido também ordem de prisão preventiva, Edimar conseguiu um alvará de soltura no dia 11 de julho de 2018. Ainda não há data do julgamento dele, que responde pelos crimes junto com os comparsas Fábio de Jesus Santos, 34 (também ex-pastor), e Adriano Silva dos Santos, 36, que atuava de forma ilegal como segurança.