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Cesar Romero
Publicado em 9 de julho de 2018 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
No Palacete das Artes – Rua da Graça nº 289 – a exposição EBA 140 anos – Fluxos Visuais desde 1877, a mostra reúne 140 obras, produção prático – teórico dos seus mestres nos séculos XIX, XX e XXI. A coordenação geral é da diretora da Escola de Belas Artes Nanci Santos Novais e a curadoria / expografia de Eriel Araujo, Luiz Freire, Ricardo Bezerra e Viga Gordilho. A escolha do Palacete das Artes foi um acerto. Uma edificação majestosa que foi propriedade do Comendador Bernardo Martins Catharino, construído entre 1911 e 1912.>
A Escola de Belas Artes nestes 140 anos tem prestado grandes serviços à comunidade formando profissionais das artes, professores, pesquisadores.>
A exposição promove uma visibilidade das atividades sem interrupção da Escola de Belas Artes que no seu início oferecia os cursos de Artes Plásticas e Licenciatura em Desenho. Surgiram os cursos de Design e Decoração.>
Em 1992 vieram os cursos de pós – graduação com mestrado e mais recentemente doutorado. Reformas Curriculares aconteceram aprimorando o saber. O pensamento da EBA mudou muito está atualizado, muitas pesquisas em artes plásticas, Historia da Arte e exposições de artistas na Galeria Cañizares que faz parte da escola. Com o surgimento da arte contemporânea, tendência que se construiu a partir do pós-modernismo, apresentando expressões e técnicas artísticas inovadoras, que incentivam a reflexão subjetiva sobre a obra, foi absorvida pela EBA, sem vacilações. O material exposto apresenta-se diversificado, pintura a óleo, pintura acrílica, desenho, gravura, fotografia, escultura, cerâmica, prata, joias, colagens, carvão, grafite, vídeos, trabalhos urbanos e performance. No campo teórico uma sala com publicação, teses, dissertações, artigos e reflexões.>
Todo esse material, produzido pelos professores esta reunido neste vasto painel de trabalhos. E pode-se ver com clareza a época em que foram feitas e a qualidades de cada um.>
Muitos professores da Escola de Belas Artes se tornaram artistas famosos, outros ingressaram na Associação Brasileira de Críticos de Arte como Carlos Eduardo Rocha, Ivo Vellame já falecidos, e outros ainda hoje atuantes como Juarez Paraiso e Maria Helena Flexor. A produção destes críticos é de vital importância para a história de nossa arte. Além da exposição haverá palestras e mesas redondas e as comemorações pelos 140 anos da EBA vão até dezembro deste ano.>
Vale ressaltar o trabalho intenso da coordenação geral e da comissão curadora e expográfica. Afinal são 140 anos de trabalho, que tiveram que ser acolhidos, identificados, montados e expostos.>