Faça você mesma: coloque a mão na tinta e pinte sua casa

Especialistas dão dicas de quais passos seguir para quem quer colorir as paredes sem chamar um pintor

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  • Daniel Silveira

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

Pintar parede é uma das formas mais baratas de mudar a decoração da casa: uma simples variação de cor transforma todo o ambiente. Os gastos serão apenas com as tintas, ferramentas como pincéis, rolos e com a mão-de-obra. Mas até esse último gasto pode ser retirado do orçamento. Como?

Arriscando se sujar e fazendo como a produtora Mari Guedes, que decidiu meter a mão na tinta. “Durante uma reforma, paguei para pintar meu quarto e não gostei do resultado, daí resolvi ajudar uma amiga que estava de mudança e não tinha tanto dinheiro e fui pintar a casa dela”, conta. Depois disso, ajudou outras amigas e agora está pintando o quarto da mãe, na mesma casa em que mora. “Como paguei por uma coisa que achei ruim, preferi eu mesma fazer e economizar”, diz.  (Foto: Divulgação/Shutterstock) Segundo Mari, a arte de pintar paredes não tem muitos segredos, o que torna essa tarefa até mesmo divertida, segundo ela. “Olhei na internet antes para pegar umas dicas, mas não tem muito mistério”, conta. “Acabei pesquisando algumas coisas sobre tintas, rolos e técnicas, mas não tem tantas assim”, continua.

A principal preocupação, para ela, é comprar a quantidade de tinta certa para a área que se quer pintar. “É ruim, principalmente, se você fizer uma mistura na hora, porque corre o risco de não fazer o mesmo tom mais nunca”, alerta. 

Se você quer experimentar e colocar a mão na massa, ou melhor, na tinta, dá uma olhada nas dicas abaixo.A pintura deve seguir uma ordem começando pelos cantos, seguido de todo o teto, paredes e, por fim, portas e janelas, diz Jorge Holanda, gerente de Assistência Técnica da marca de tintas Iquine sobre a sequência que pode causar menos sujeira durante pintura. (Foto: Divulgação) Primeiros passos Antes de qualquer coisa, veja se a parede está pronta para receber tinta. “É preciso avaliar se a alvenaria está completamente curada, ou seja, com mais de 30 dias de feita”, diz Jorge Holanda, Gerente de Assistência Técnica da marca de tintas Iquine. O reboco precisa estar forte e coeso, sem liberar pó. “Às vezes é necessário aplicar um fundo preparador”, conta May Barros, criadora do Entre Minas, empresa que oferece reparos domésticos apenas para mulheres, que inclui pinturas. O fundo preparador é um tipo de selador, que garante mais aderência e durabilidade para a tinta que vai sobre ele.

Antes de passar o rolo Proteja móveis, espelhos, tomadas... Tudo que não for levar tinta deve ser protegido. “Você pode fazer isso usando uma fita crepe”, diz May. Retire todos os objetos de decoração do local para não respingar. Cantos e rodapés podem receber a fita. Proteja o chão com lona ou folhas de jornal. 

Selecione a tinta ideal A melhor forma de ter um bom resultado é escolher uma tinta de qualidade. “Tem três tipos de produto: Standard, Econômica e Premium, geralmente estas últimas têm melhor acabamento”, conta May. “Quanto melhor a qualidade da tinta, menos demãos serão necessárias”, completa. 

Escolha as ferramentas corretas A melhor para a atividade depende do tipo da tinta e local a ser pintado. “Para paredes de alvenaria, os rolos mais indicados são os de lã de carneiro e os pincéis de cerdas grisalhas ou de seda”, conta Jorge. “Para metais e madeiras, os rolos mais indicados são os de espuma e de veludo”, continua. A broxa é indicada para pinturas em reboco chapiscado, onde os rolos de lã não conseguem fazer deposição e espalhamento da tinta. Rolos e pincéis têm diferentes tamanhos à venda e a escolha vai deperder da área a ser pintada.

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Começando a pintar “A pintura deve seguir uma ordem, começando sempre pelos cantos dos tetos e paredes, em seguida pinte todo o teto, na sequência as paredes e por fim as portas e janelas”, diz Jorge. De acordo com o porta-voz, essa sequência evita ter que refazer o trabalho por causa de possíveis respingos de tinta. 

Se liga na técnica “O rolo deve deslizar verticalmente em faixas, espalhando bem a tinta e garantindo uma boa uniformidade de camada”, conta Jorge.  (Foto: Divulgação) Siga as instruções Preste muita atenção e siga corretamente o que está escrito no rótulo da lata, principalmente com relação ao tempo de secagem entre demãos e diluição. A quantidade de repetições depende da qualidade da tinta. Já existem marcas no mercado que prometem cobertura total com apenas uma demão. Com relação à diluição, é importante verificar se a tinta é solúvel em água ou não. Caso negativo, é ideal comprar um solvente.

Posso misturar tintas? É possível comprar sua própria mistura de cores em lojas especializadas. Caso prefira fazer sua mistura em casa, é bom tomar cuidado. “É importante preparar o bastante para cobrir toda a área a ser pintada”, diz May. Caso contrário será muito difícil alcançar o mesmo tom da primeira mistura.

Calculando a quantidade De acordo com Jorge, para ter uma estimativa de consumo  basta utilizar a seguinte equação: Área em metros quadrados multiplicado pelo número de demãos, tudo isso dividido pelo rendimento do produto, que está na lata. Sites e aplicativos de marcas de tinta também ajudam fazendo esse cálculo e indicando a quantidade de tinta certa a comprar. 

Armazenamento e reutilização O segredo para guardar a sobra de tintas é fechar bem a embalagem. “Tintas à base de água só podem ser reaproveitadas se não forem diluídas. Também é necessário guardá-la em locais secos e arejados, longe de intempéries, e sem contato direto com o piso”, diz Jorge. “As tintas sintéticas podem ser armazenadas na embalagem após a diluição para serem reutilizadas desde que a embalagem seja vedada corretamente e também fique em local seco e arejado”, completa. Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração, tecnologia, pets, bem-estar e as melhores coisas de Salvador e da Bahia: