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Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 17:09
- Atualizado há 2 anos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu suspender, nesta segunda-feira 14, o corte total de impostos sobre revólveres e pistolas, que havia sido decidido na última semana pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério da Economia. >
A suspensão atende a um pedido do PSB, que se posicionou contrariamente ao ato do governo através de ação na semana passada.>
"O risco de um aumento dramático da circulação de armas de fogo, motivado pela indução causada por fatores de ordem econômica, parece-me suficiente para que a projeção do decurso da ação justifique o deferimento da medida liminar [decisão provisória]", disse Fachin em sua decisão, corroborando com o posicionamento do advogado Rafael Carneiro, que assinou a ação do PSB sob a justificativa que a medida colocaria em risco a segurança da sociedade. “É possível concluir que não há, por si só, um direito irrestrito ao acesso às armas, ainda que sob o manto de um direito à legítima defesa. O direito de comprar uma arma, caso eventualmente o Estado opte por concedê-lo, somente alcança hipóteses excepcionais, naturalmente limitadas pelas obrigações que o Estado tem de proteger a vida.”Com a decisão do ministro do STF, as alíquotas de importação — que seriam zeradas a partir de 1º de janeiro — retornam a ser de 20% sobre o valor da arma. Além disso, Fachin também determinou que sua decisão monocrática seja submetida à análise do plenário da Corte, numa data que ainda será definida.>
A ideia da redução dos impostos sobre armas é vista como parte das medidas de flexibilização das regras de armamento no Brasil, propostas que vem sendo defendidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro desde a sua eleição em 2018. >