Fake news: Ufba desmente construção de estufa para plantio de maconha

Universidade estuda as medidas judiciais que serão adotadas

Publicado em 28 de junho de 2019 às 17:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Ufba

Uma mensagem falsa, que circula no WhatsApp sobre a construção de uma estufa para plantio de drogas na Universidade Federal da Bahia (Ufba), obrigou a instituição a se posicionar nesta sexta-feira (28). O texto da ‘fake news’ diz que o projeto para a estufa teria sido encaminhado por estudantes e autorizado pela Reitoria.

O texto apócrifo também menciona que a universidade gastaria R$ 30 milhões na construção do espaço, em tempo relâmpago, e que teria como objetivo a “criação de um banco de drogas para consumo dos estudantes, sob a justificativa de estudos dos efeitos sociais de entorpecentes”.

Para parecer uma notícia jornalística real, o texto utiliza uma foto do próprio campus da instituição e atribuiu falas falsas ao reitor João Carlos Salles, que teriam sido ditas em uma entrevista por telefone.

A notícia falsa cria, ainda, uma pró-reitoria inexistente dentro do organograma na Ufba. A fictícia Pró Reitoria de Diversidade e Acolhimento das Minorias (ProDiva-UFBA) seria a responsável pelas obras que estariam em fase final e que seriam inauguradas no próximo dia 7.

A foto utilizada para dar veracidade às informações é, segunda a universidade, de uma tenda especialmente montada para as atividades do 4º Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental, que está em fase de desmontagem e deve ser completamente retirada ainda no próximo fim de semana. 

A Ufba emitiu nota na qual desmente e repudia as informações. A universidade disse ainda que está estudando medidas jurídicas cabíveis ao caso. Ao se manifestar, a instituição esclareceu que todas as informações contidas no texto são falsas e que não utiliza aplicativo de mensagens para circular seus comunicados oficiais. Também informou que a circulação de notícias falsas visa difamar a sua seriedade. “A Universidade Federal da Bahia alerta à comunidade universitária e à sociedade em geral a que estejam atentas à disseminação de notícias falsas, apócrifas e de conteúdo falacioso e/ou fantasioso, com o objetivo de difamar a instituição e desmobilizar o amplo espectro da população baiana espontaneamente engajado na defesa do sistema federal público de educação superior”, diz a nota.Segundo a Ufba, os únicos canais de comunicação utilizados são seus veículos oficiais de informação: o site da Universidade (www.ufba.br), o site Edgardigital (www.edgardigital.ufba.br) e as redes sociais nas quais mantém conta (Facebook, Instagram e Twitter).

“Recomenda-se enfaticamente que se desconfie e evite a reprodução ou o repasse indiscriminado de conteúdos de qualquer outra origem, sobretudo os que apelem a rudimentos de retórica jornalística -- como tom de denúncia ou declarações forjadas entre aspas, atribuídas a autoridades, entidades ou membros da comunidade acadêmica -- à guisa de verossimilhança”, continua a universidade no comunicado. 

Leia a nota da Universidade Federal da Bahia na íntegra:

A Universidade Federal da Bahia alerta à comunidade universitária e à sociedade em geral a que estejam atentas à disseminação de notícias falsas, apócrifas e de conteúdo falacioso e/ou fantasioso, com o objetivo de difamar a instituição e desmobilizar o amplo espectro da população baiana espontaneamente engajado na defesa do sistema federal público de educação superior.

A UFBA informa que seus veículos oficiais de informação são, unicamente, o site da Universidade (www.ufba.br), o site Edgardigital (www.edgardigital.ufba.br) e as redes sociais nas quais mantém conta (Facebook, Instagram e Twitter), e recomenda enfaticamente que se desconfie e evite a reprodução ou o repasse indiscriminado de conteúdos de qualquer outra origem, sobretudo os que apelem a rudimentos de retórica jornalística -- como tom de denúncia ou declarações forjadas entre aspas, atribuídas a autoridades, entidades ou membros da comunidade acadêmica -- à guisa de verossimilhança.

A persistir a produção e disseminação de notícias falsas, a UFBA não medirá esforços para identificar e responsabilizar seu(s) autor(es) -- a quem, de antemão, exorta a que empregue sua inteligência e criatividade em causas mais nobres, como a luta supraideológica em defesa de uma instituição que, em 73 anos de existência, notabiliza-se por ser a principal formadora de profissionais e pesquisadores do Estado, e uma das mais respeitadas do país.