Falsa enfermeira pode ter reutilizado seringas em vacinação de empresários

Segundo GloboNews, eles foram avisados para fazer teste de detecção de HIV

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  • Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2021 às 15:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A Polícia Federal encontrou seringas reutilizadas durante uma operação de busca e apreensão na casa da falsa enfermeira acusada de vacinar empresários em Belo Horizonte (MG). Na residência, também mora uma pessoa soropositiva e, por isso, a orientação passada aos advogados dos que teria sido imunizados é de que eles façam exame para detectar HIV. As informações são da GloboNews.

"Qual é a suspeita? De que ela tenha vacinado esse pessoal todo com uma vacina falsa e que pode ter reutilizado as mesmas seringas com essa vacina falsa. Qual o problema assustador dessa história: uma pessoa que é soropositiva mora com essa falsa enfermeira na casa dela", explicou a jornalista Natuza Nery.

A Polícia Federal disse ao jornal O Tempo que não fez pedidos para que ninguém faça exame de detecção de HIV. Também afirmou que as informações sobre seringas reaproveitadas não vieram dos canais oficiais da PF.

"Vacina" seria soro A cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres, que aplicou o que seria vacina contra covid-19 em empresários do setor de transporte em Belo Horizonte, pode ter organizado outros esquemas para imunização clandestina. 

A investigação do caso mostra que a mulher teve envolvimento em uma vacinação que aconteceu dentro de um condomínio de luxo na capital mineira, por três ocasiões, no mês de março. A informação foi divulgada pela TV Globo.

Em imagens gravadas no local, Cláudia aparece vestindo o jaleco branco e carregando duas sacolas que levariam imunizantes. O vídeo é do dia 17 de março, mas há também registros que a falsa enfermeira esteve no local nos dias 5 e 22 do mês passado.

A falsa enfermeira teria vacinado moradores de pelo menos três apartamentos, cobrando R$ 600 pelas duas doses - mesmo valor que teria sido pago pelos empresários. 

Um dos moradores que teria sido imunizado é o empresário Marcelo Martins de Araújo, dono de um haras na Grande BH. No dia 5 de março, ele recebeu a primeira dose. Ele pode ter sido a pessoa que indicou os serviços da cuidadora para Rômulo Lessa, da Saritur.

Há indicativo de que a falsa enfermeira não aplicou realmente vacina nas pessoas. Substâncias encontradas na casa de Cláudia foram levadas para perícia e a análise de laboratório concluiu que o material encontrado era apenas soro fisiológico. Cláudia tem um histórico de golpes, com vários processos contra ela correndo na Justiça. Ela chegou a ser presa agora, mas o Tribunal Regional Federal (TRF-1) concedeu no sábado liberdade provisória a Cláudia.