Família de zagueiros e amizade com Lima Sergipano: conheça Anderson

Jogador marcou o primeiro gol do Bahia no Ba-Vi que aconteceu na véspera de seu aniversário

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 3 de março de 2020 às 15:37

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira / EC Bahia

Aniversário é uma data especial por si só. Comemorá-lo nunca é demais e o zagueiro Anderson com certeza teve uma das festas de aniversário mais especiais da vida: na véspera, disputou o primeiro Ba-Vi da carreira como profissional e marcou o gol que abriu o placar da partida em pleno Barradão com torcida única. Mais do que isso, ainda saiu vitorioso de campo, já que o Bahia venceu o Vitória por 2x1 no domingo (1º).

Na segunda-feira (2), o zagueiro completou 25 anos. Um dos mais experientes do elenco de aspirantes tricolor ao lado de Arthur Rezende, Yuri e Matheus Claus - trio que também já chegou a um quarto de século de vida. Com exceção do goleiro Matheus Claus, reserva de Fernando (22 anos), os jogadores mais experientes do time de transição do Bahia estiveram em campo no clássico e tiveram participação direta na conquista dos três pontos. Anderson e Arthur Rezende: dupla de 'veteranos' no meio do sub-23 decidiu Ba-Vi para o Bahia (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia) Anderson fez uma partida instável na defesa, mas apareceu bem no ataque para abrir o placar. Fernando fez boas defesas no primeiro e no segundo tempo, com destaque para o milagre na cabeceada de Carlos quando o jogo estava 1x0. Por fim, Yuri foi quem construiu a jogada para Arthur Rezende sofrer e cobrar a falta que colocou o 2x1 no placar. Um dia especial para todos os veteranos, mas sem dúvidas Anderson provou de um sabor ainda melhor ao ouvir o apito final."Feliz pelo gol, fazer um gol em clássico na véspera de meu aniversário. Muito feliz, mas muito mais feliz pelo triunfo conquistado na casa de nosso maior rival", disse o zagueiro.Capitão do time, Anderson chegou a ter a titularidade questionada depois de ser expulso na estreia contra a Juazeirense e ver o zagueiro Fábio Alemão fazer uma partida elogiada contra o Vitória da Conquista na rodada seguinte. O camisa 4 contou com a confiança do técnico Dado Cavalcanti para retomar o posto de titular, que não soltou mais desde então. Anderson concede entrevista na Cidade Tricolor (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia) O status de capitão do Bahia é motivo de orgulho para Anderson, mas o atleta não deixa que a faixa suba para cabeça. Para ele, o mais importante é que o grupo se respeite e se ajude dentro de campo. "Independentemente de quem carregue [a braçadeira], o que importa é o respeito dentro do grupo. Um respeitando o outro e dentro de campo se ajudando. Todo mundo tem direito de falar, de cobrar e de errar", afirmou.

Anderson tem na zaga uma parte importante do seu DNA. Na família dele, jogar na defesa é tradição: ele é irmão do também zagueiro Valdo, que defendeu o Ceará na temporada passada e hoje atua no Shimizu S-Pulse, do Japão. 

Além disso, os familiares têm uma boa relação com Lima Sergipano, ex-volante conhecido como Canhão do Fazendão e ídolo do Bahia por causa das passagens que teve entre 1990 e 1995 e de 1999 a 2000. A idolatria é fácil de explicar: mesmo jogando como volante, Lima marcou 84 gols com a camisa tricolor e deixou o clube como o 15º maior artilheiro da história.

Lima e Anderson são conterrâneos. Lima é sergipano de Itabaiana, enquanto Anderson é de Lagarto. Segundo o zagueiro, Lima chegou a levar seu irmão para o Bahia quando Valdo iniciava a carreira.

 "Acredito que [Valdo] influenciou muito para seguir minha carreira como jogador de futebol. Quem nos influenciou muito foi nosso pai. Sem a ajuda de ninguém, foi ele quem trabalhou, ele que ralou. A gente só tem a agradecer a ele. Agradeço a meu irmão pelos conselhos, segui um pouco da carreira dele no Confiança. Acho que a gente passou uns quatro ou cinco anos juntos", disse Anderson em entrevista no CT Evaristo de Macedo.

O próximo compromisso do time de transição do Bahia será no sábado (7), às 19h, contra o Doce Mel, na Fonte Nova. A partida acontece logo depois do tricolor entrar em campo com o time principal pela Copa do Nordeste contra o Confiança, às 16h.

Se vencer, e dependendo de uma combinação de resultados, o Bahia pode até se classificar para as semifinais do estadual e seguir vivo na disputa por um tricampeonato baiano que não conquista desde 1988.

*Com supervisão do editor Herbem Gramacho