'Família está desolada', diz esposa de dentista morta no IAPI; ninguém foi preso

Ela pede apoio da polícia e justiça para solucionar crime ocorrido em 11 de junho

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  • Gabriel Amorim

Publicado em 5 de julho de 2019 às 11:30

- Atualizado há um ano

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Prestes a completar um mês, o caso da dentista Rita de Cássia Guedes Fernandes, 59 anos, assassinada no dia 11 de junho durante uma tentativa de assalto, segue sem solução. O suspeito do crime, cujo retrato falado foi divulgado pela polícia no último dia 13, ainda não foi preso. Aguardando por justiça, a família ainda não conseguiu retomar completamente a rotina.

“A família está desolada porque Rita era uma pessoa que cuidava muito de todos. A família gravita em torno desse cuidado dela. A vida de ninguém conseguiu voltar ao normal”, afirmou Janaíra Barreiros, esposa da dentista em entrevista ao CORREIO nesta sexta-feira (5).  Rita de Cássia Guedes Fernandes tinha 59 anos (Foto: Acervo Pessoal) Janaíra conta que ainda não consegue compreender os motivos do crime. “Como é que uma pessoa atira em alguém, não leva nada, e simplesmente acaba assim com a vida de uma família?”, questiona ela.

A esposa da dentista diz ainda que ver a justiça sendo feita não é, apenas, uma questão pessoal. “Rita não vai voltar, mas a gente tem que evitar que outras pessoas passem pelo que a gente está passando. Só que a gente não tem o que fazer, não dá para fazer justiça com as próprias mãos, então precisamos do apoio da justiça, da polícia, da Secretaria de Segurança Pública”, apela.

Janaíra conta que não vai deixar de acompanhar o caso até que o suspeito seja localizado. “A gente se acostumou com a violência na cidade e não pode ser assim. Não dá para ficar só com essa sensação de 'agora chegou a minha vez de sofrer com isso'. A gente vive na impunidade, e não pode”, diz a companheira da vítima.

Procurada, a Polícia Civil e a Secretaria da Segurança Pública da Bahia informaram que não tem novas informações que possam ser divulgadas para não atrapalhar as investigações. A última atualização, ocorreu com a divulgação do retrato falado do suspeito de ter assassinado Rita. O retrato falado foi produzido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), com suporte dos Departamentos de Crime Contra o Patrimônio (DCCP), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Polícia Metropolitana (Depom).

Rita de Cássia e o retrato falado do suspeito do crime (Foto: Divulgação/SSP)

Os investigadores pediram para quem tiver informações sobre o caso entre em contato pelos telefones 3235-0000 e 190. O sigilo será garantido.

O crime Rita de Cássia foi abordada por dois homens quando dirigia na Rua Professor Moura Bastos, próximo à localidade da Divineia, no IAPI, depois que deixou o ambulatório do Hospital Ana Nery, na Caixa D'água, onde trabalhava havia pouco mais de um ano.

Ela estava em baixa velocidade quando foi abordada pelos criminosos e, antes de fugir, foi baleada no peito. A dentista conseguiu dirigir até a Avenida San Martin, onde foi socorrida por uma viatura da 37ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Liberdade), que passava pelo local, para o Hospital Ernesto Simões, no Pau Miúdo, mas não resistiu aos ferimentos.