Fãs contam as loucuras que já fizeram por Anitta

Cantora foi a terceira atração deste domingo (29)

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  • Gabriel Moura

Publicado em 29 de dezembro de 2019 às 23:07

- Atualizado há um ano

. Crédito: Monique Maione/ CORREIO

O show começou às 22h como previsto, mas Anitta já marcava presença no público do Festival Virada Salvador 2020 muitas horas antes. Explica-se: batizada como Diogo, a bailarina de 18 anos pede para ser tratada como xará de sua musa e está disposta a fazer algo que nem Larissa de Macedo Machado - nome da carioca - fez: ir ao cartório e trocar de nome para Anitta Bahls.

 A ideia surgiu há alguns anos quando Anitta ainda era funkeira e costumava se apresentar no Furacão 2000. Foi nessa época que a criança de 10 anos se apaixonou pela artista e pelo nome. Já mais velha, quando Bahls virou dançarina, não pensou duas vezes antes de adotar o nome artístico. “É como se fossem duas personalidades dentro de uma pessoa só, como a própria Anitta, que fora dos palcos é Larissa e dentro adota o nome artístico. Já estou procurando me informar sobre a burocracia e ter Diogo Anitta Bahls na identidade”, conta ela, que tem o apoio dos pais e amigos para a alteração.

Já o estudante Davi Farias, 19, contou que já ficou até de castigo. Fã da artista desde os 13, quando soube que a carioca iria estrear no Carnaval de Salvador em 2015, começou a planejar a ida ao Circuito Barra-Ondina. Só que foi proibido de ir pelos pais. “A solução? Fugi de casa naquele dia para poder ver o show. Quando voltei, minha mãe ficou ‘retada’ e me colocou de castigo. Eu nem liguei, tava muito feliz para ficar chateado com aquilo”, diz o estudante, que chegou 12 horas antes do começo do show só para garantir um lugar na grade.

O show foi o sétimo que a estudante Bruna Yasmin, 20, acompanhou. “Mas é como se fosse o primeiro. Cada vez que a vejo, meu amor cresce ainda mais. Quando ela entra no palco, antes mesmo de cantar a primeira música, eu já estou chorando”, contou. Apesar de o show começar apenas às 22h, desde as 7h Bruna já estava na rua. A missão dela era rodar a cidade, passando de hotel em hotel, tentando encontrar a artista para tirar uma foto com ela, algo que a estudante nunca conseguiu. Após horas de busca, a empreitada terminou sem sucesso.

Mas nada que desanimasse a jovem. “Eu encontrei o balé dela e já valeu a pena, tirei fotos com todos. Apesar de todo este trabalho e dificuldade, não me canso. Por ela, eu faço tudo. Anitta é perfeita e maravilhosa. Sempre incentiva os fãs a não desistirem dos sonhos e, por isso, eu persisto na luta e espero um dia conseguir encontrá-la e tirar uma foto”, sonha a jovem.

Já a cearense Luiza Passos, 23, anualmente bate ponto em fevereiro, na capital baiana, para acompanhar o Carnaval. Neste ano, sabendo da participação de Anitta no Festival Virada, resolveu antecipar - ou melhor, duplicar - a sua passagem por Salvador. “Eu estava em dúvida sobre o lugar que iria passar o Ano Novo. Quando descobri que Anitta se apresentaria aqui, fui correndo comprar a minha passagem. E, além dela, o Réveillon aqui está tudo de bom, com atrações maravilhosas”, brinca a cearense. (Foto: Hilza Cordeiro/ CORREIO)

Por amor a Anitta, o publicitário Thiago Paranhos, 22, conta que já passou por poucas e boas. Dessa vez, o jovem foi barrado na entrada do festival porque levou a carteirinha de estudante como identificação e não queriam aceitar. “Eu fiz uma baixaria. Mostrei para o segurança a minha tatuagem e falei: Você sabe o que é isso aqui? Fiz meu fecha e ele deu risada. Eu vim de longe, moro no Centro, imagina ficar sem ver Anitta?!”

E o amor dos fãs foi retribuído pela cantora. Na entrevista coletiva, Anitta se declarou à Bahia. Disse que ama esta terra, as praias, a curtição e as pessoas. Ela disse que adora tocar aqui, pois sempre que vem é uma oportunidade de aproveitar um dia na cidade.

Sobre os fãs baianos, a cantora disse que são muito especiais. “Aqui vocês são bem parecidos com o povo da minha cidade, o Rio de Janeiro. Por isso, aqui eu me sinto em casa. O jeito de ser de vocês é bem parecido com o dos cariocas. Mas é claro que tem algumas diferenças e peculiaridades. Por exemplo: aqui vocês são menos ‘posudos’ que a galera do Rio”, comparou.

*Com supervisão da subeditora Tharsila Prates *Colaborou Hilza Cordeiro