Fecomércio projeta queda de 29% nas vendas para Dia dos Namorados

Setor de Serviços deve ser o mais afetado na data comemorativa

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  • Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2020 às 11:40

- Atualizado há um ano

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O Dia dos Namorados acontece em dez dias, mas a previsão é de que o varejo tenha faturamento 29% menor do que em relação ao mesmo período do ano passado. Páscoa e Dia das Mães, datas comemorativas que a antecederam, também tiveram desempenhos negativos, segundo a Fecomércio-BA.

A Fecomércio projetou o desempenho de vendas para os 12 primeiros dias de junho, nas atividades mais sensíveis para a data, e o cálculo estima como deve ser o ritmo de consumo no período. A expectativa é de arrecadação de R$ 1,12 bilhão em setores como vestuário, eletroeletrônicos, farmácias e perfumarias, além dos supermercados, uma perda de R$ 450 milhões em relação ao do ano passado.

“Vale lembrar que no ano passado, o resultado também foi negativo, mas uma variação mais modesta de -4,5%”, destaca Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio.

Segundo o especialista, o desempenho desfavorável atual é resultado de vários fatores como a quarentena com lojas fechadas, aumento do desemprego e redução da renda, além da priorização dos gastos essenciais e acesso ao crédito de forma mais restrita.

“Importante lembrar também que o setor de serviços tem grande participação no Dia dos Namorados e que, este ano, deve sofrer um enorme impacto por causa da pandemia. Os casais buscam, tradicionalmente, reservar mesas em bares e restaurantes, hotéis, motéis etc.”, explica. A taxa de ocupação em Salvador, por exemplo, está cerca de 5%, de acordo com a associação do setor, a pior taxa da história.

As alternativas para o período são através do e-commerce e com uso de aplicativos de entrega.  “As comemorações serão feitas com pedidos de comida em casa, entrega de flores, presentes como roupa ou perfume enviados pelos correios etc. Nada que venha contrabalancear a perda do comércio em geral, mas pelo menos gera um pouco de faturamento para as empresas que estão buscando alternativas de vendas”, pondera Dietze.