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Da Redação
Publicado em 24 de março de 2021 às 23:55
- Atualizado há 2 anos
No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 300 mil mortos por covid-19, uma festa com aglomeração causou indignação em moradores da Rua Pedro Milton de Brito na Barra, em Salvador. Na cobertura do Edifício Terra do Sol, cerca de 20 pessoas, segundo informações passadas à Policia Militar, se aglomeravam em uma comemoração, que parecia ser de aniversário. Moradores de diversos prédios vizinhos relataram e filmaram a situação. Nas imagens é possível ver muitas pessoas no local. Ninguém usa máscaras ou respeita distanciamento social. “Estão fazendo pouco caso da situação que estamos vivendo, das empresas que faliram e das pessoas que estão desempregadas...fazer uma festa dessa em uma cobertura, com toda vizinhança vendo...São destemidos, pois infelizmente, nada vai acontecer com eles”, relatou uma moradora ao Correio. Com a chegada da viatura da polícia, moradores dos prédios vizinhos flagraram os participantes da festa arrumando o local. O som foi desligado. Enquanto a viatura esteve na rua, as luzes da cobertura também foram desligadas. De acordo com informações da 11ª CIPM, os policiais foram ao local e em contato com o porteiro, souberam que a festa já havia terminado. Os policiais deixaram o local em seguida. No entanto, os moradores vizinhos, afirmam que a festa continuou, desta vez sem som. Mas os aglomerados continuaram no local. De acordo com o decreto do Governo do Estado, em vigor até 1º de abril, a realização de eventos e atividades que envolvam aglomeração de pessoas, independentemente do número de participantes, está proibida. Em grupos de mensagens de moradores de condomínios vizinhos, o sentimento era de revolta e indignação. Uma moradora compartilhou uma mensagem onde dizia faltar empatia e amor ao próximo. “Hoje, dia 24 de março de 2021, completamos mais de trezentas mil mortes pela Covid 19 (...) Ainda assim, existem pessoas que teimam em viver como se nada estivesse acontecendo, festejam, aglomeram e se arriscam no país que é, atualmente, o epicentro global da pandemia. Definitivamente não existe o que comemorar, não há, neste momento, perspectiva de aglomerar, de festejar com som alto, para que toda a vizinhança, que muito provavelmente chora a perda de um ente querido, tenha que ouvir e ver os absurdos cometidos por indivíduos egocêntricos, egoístas e negacionistas. Falta empatia, amor, cuidado consigo e com o próximo”>