Fevereiros, documentário com Maria Bethânia, terá pré-estreia em Salvador 

Filme também será exibido gratuitamente em praça de Santo Amaro

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  • Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 12:40

- Atualizado há um ano

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Fevereiros, documentário que acompanhou a vitória da Mangueira em homenagem à cantora Maria Bethânia no Carnaval de 2016, terá pré-estreia em Salvador. Dirigido por Marcio Debellian, o longa que já rodou 29 festivais de cinema pelo mundo e venceu o prêmio de Melhor Filme no 10º In-Edit Brasil , estreia nos cinemas de todo o país no dia 31 de janeiro. Em Salvador, a pré-estreia acontece no dia 29 de janeiro, às 20h, no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha e contará com um bate-papo com o diretor. No dia 31, é a vez de Santo Amaro, a cidade natal de Maria Bethânia, receber uma exibição do filme a céu aberto. O evento gratuito acontece às 21h, na Praça da Matriz, ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Purificação, em Santo Amaro.

A terra natal de Maria Bethania e de Caetano Veloso ganhou destaque no longa em cenas que mostram o ambiente familiar, religioso e as festas que marcaram a vida da cantora, além de abordar questões históricas como o surgimento do samba, tolerância religiosa e racismo.

O filme viajou com Maria Bethânia para o Recôncavo baiano, conhecendo o universo que inspirou o enredo da Mangueira. Neste trânsito entre o Rio de Janeiro e a Bahia, Fevereiros depara-se com questões históricas como o surgimento do samba, tolerância religiosa e racismo.

O filme mostra a construção do Carnaval da Mangueira em 2016, desde os desenhos das primeiras alegorias aos desfiles na avenida. "O que me interessou desde o início, independente do resultado que o carnaval viria a ter, foi o recorte que a Mangueira escolheu para o enredo. Entre as inúmeras possibilidades de se homenagear Maria Bethânia, a escola escolheu tratar da sua devoção religiosa, do seu sincretismo pessoal que junta o candomblé, devoção católica e sabedorias herdadas dos índios", lembra o diretor Marcio Debellian.

"O Recôncavo baiano, região onde Bethânia nasceu, tem a particularidade de ter sido o lugar no Brasil que mais recebeu negros escravizados trazidos da África. A Bahia soube misturar as tradições africanas, indígenas e portuguesas e transformá-las em expressões originais brasileiras em relação à música, religião e festas populares. Esses aspectos vão sendo apresentados no filme conforme nos aproximamos de Santo Amaro e acompanhamos a construção do carnaval da Mangueira", explica Debellian.

O filme conta com depoimentos de Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, do carnavalesco da Mangueira, Leandro Vieira, do historiador Luiz Antonio Simas, da poeta Mabel Velloso, irmã de Bethânia, e do porta-bandeira da Mangueira, Squel Jorgea.