Filha de Mara, baiana do 'BBB 6', cursa Direito e faz tratamento para voltar a andar

Consultas foram pagas com dinheiro do prêmio

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  • Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 08:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O grande objetivo da baiana Mara ao entrar no BBB 6 era ganhar o prêmio, de R$ 1 milhão à época, para custear o tratamento da filha, na época com 6 anos, que não andava por conta de uma lesão causada pela paralisia cerebral. Deu certo e ela, que é de Porto Seguro, sagrou-se campeã da edição.

Com o prêmio ela conseguiu realizar seu sonho e 15 anos depois, Aracy Viana, hoje com 21 anos, ainda faz consultas periódicas e fisioterapia para a Síndrome de Little, nome técnico da deficiência que possui nos membros inferiores, mas leva uma vida normal.

Com pouco mais de 4 mil seguidores no Instagram, Aracy mostra seu dia a dia em torno dos estudos e até faz parte de um clube de leitura. É na rede social também que contou sobre a doença, que se não fosse o “BBB”, talvez não pudesse ter sido controlada. 

“Na época, minha mãe ganhava um salário mínimo, para girar toda a casa, pagar as contas. Só o médico especialista em São Paulo, que ela procurou, custava um salário cada consulta”, disse ela aos seguidores.

Aracy continua o tratamento. “Hoje estou num tratamento de adaptação às muletas e desistimos da cirurgia, por opção minha. Faço exames de rotina, como qualquer outro exame, e a gente vai seguindo uma adaptação gradual, seguindo a vida. Foi muito bacana o processo do ‘Big Brother’ porque me permitiu conhecer estes profissionais e me dar uma qualidade de vida muito melhor”, diz.

Agora, ela se prepara para sair da casa da mãe e morar fora para terminar a faculdade de Direito. “Eu tinha duas opções, ou ficava em casa chorando pela minha mobilidade reduzida, ou ia atrás de melhorar isso. Fui atrás de me adaptar à ela. Então fui para Salvador, fiquei um mês internada e lá eu fazia tudo. Dança, ia no shopping e os médicos me acompanhavam em tudo para saber como seria um tratamento para a minha deficiência específica. Aplicaram o método da muleta. Uso, mas ainda sinto dificuldade de usá-la. Porque existe uma limitação de mobilidade urbana”, relata.