Fique por dentro das festas populares de Salvador

Conheça a origem das festividades que movimentam a cidade em janeiro

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  • Do Estúdio

Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 13:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Imas Pereira

O soteropolitano é festivo por natureza. Uma das mais fortes heranças dos seus principais povos - índios, africanos e portugueses – é a de celebrar a vida. “Todos gostam de fazer festas. Tudo tem dança, comida. Juntou isso tudo e nós temos essa natureza festiva. Virou essa grande tradição de juntar festa com devoção”, explica o historiador Jaime Nascimento. 

A primeira delas foi herança dos portugueses, de acordo com o pesquisador Nelson Cadena. “A festa mais antiga da cidade é a de Corpus Cristhi. Foi realizada em 1549, no mesmo ano da fundação da cidade. Naturalmente, naquele tempo era um pouco diferente, mais espetaculosa. Era algo meio carnavalesca. Isso com tempo foi mudando”, relata. Milhares de pessoas participam de Festas Populares como a celebração à Santa Bárbara, no dia 04 de dezembro, nas ruas do Pelourinho (Marina Silva/arquivo Correio) A geografia também tem muito a ver. Muitas das festas populares de Salvador trazem na história uma forte ligação com o mar. “Salvador não só é arrodeada de água, como também tem água por dentro em lagoas, rios e diques, além de o povo ter essa ligação com o mar. Existe uma forte ligação com o mar e a água. Influencia muito!”, destaca Jaime Nascimento, que é coordenador de cultura do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

A Festa do Senhor do Bonfim teve início após uma graça alcançada pelo oficial da armada portuguesa Teodósio Rodrigues de Farias, que diz ter sido protegido pela fé, em meio a uma tempestade em alto mar. Já Iemanjá surgiu após a mãe das águas salvar os pescadores de uma má fase com escassez de peixes no mar.

De janeiro a janeiro O calendário de Salvador é marcado por festas. As religiosas começam em dezembro, com a de Santa Bárbara. Após ela, tem Conceição da Praia, Santa Luzia, Bom Jesus dos Navegantes, Senhor do Bonfim e por aí vai. Não é possível ter um número preciso de manifestações culturais na cidade, inclusive porque elas vão sofrendo transformações ao longo dos anos.

“Agora estamos no verão, mas daqui a pouco já começa a falar em São João. E no meio de uma grande manifestação e outra, tem outras menores e acabam criando novas festas”, pontua Jaime Nascimento.

Muito dessa fama foi, também, fortalecida pelos filhos ilustres da Bahia, como o escritor Jorge Amado e o cantor e compositor Dorival Caymmi, além de outras personalidades que vieram para cá atraídas por relatos de amigos e se apaixonaram pelos santos, encantos e axé de Salvador, como Pierre Verger e Carybé.

Este é um dos elementos importantes que mantêm viva uma festa popular, para o historiador Francisco Nunes, assim como há as que perdem lugar no calendário pela própria disposição da sociedade. Mas é preciso ter cuidado com arquétipos:“Essa ideia de que a Bahia é festiva, que só vive de festa, é uma compreensão equivocada sobre a nossa existência. É limitadora. Até se pensarmos nas festas, elas dão trabalho”, ressalta.Já parte das manifestações culturais, os barraqueiros integram um forte grupo de trabalhadores destes festejos. Se uniram há quase 100 anos para garantir bebidas e comidas aos fiéis e peregrinos. O cardápio é pensado separadamente para cada uma das 14 festas que costumam participar ao longo do ano.

“Na festa de Iemanjá, preparamos muito peixe. Bonfim, feijoada. Segunda-feira gorda da Ribeira, o cozido”, explica Railda Carvalho, presidente da Associação dos Barraqueiros de Festas Populares do Estado da Bahia. Ela mantém a tradição da família. Já trabalha há 40 anos como barraqueira.

É do tempo que ia com a avó para as festas. Lembra que passavam meses pensando na decoração. Havia uma grande preparação das barracas feitas de madeira. Cada uma com seu nome, que mantinha um público fiel que ia de festa em festa garantir o sustento de muitas famílias.

“Mas hoje não estamos mais com tanta força. Antigamente a gente vivia só das festas, ficava até seis meses de pausa em casa. Hoje, a gente tem que trabalhar com outras coisas também”, expõe Railda Carvalho. No dia 04 de dezembro, Iansã também é cultuada por religiões de matrizes africanas (Marina Silva/arquivo Correio) Sincretismo Na Festa de Santa Bárbara, os atabaques ecoam logo perto, no Mercado de Santa Bárbara. Fiéis ganham acarajés na porta da igreja. Em São Lázaro, os peregrinos são recebidos nas escadarias do santuário com banho de pipoca. No Bonfim, durante a lavagem das escadarias da Basílica, recebe-se a benção do padre no mesmo instante em que se toma um banho de folhas. Mas religiões cristãs e de matrizes africanas se misturam nas festas populares de Salvador? Santa Bárbara é Iansã? São Lázaro é Omolú? Senhor do Bonfim é Oxalá?

“A gente não pode confundir. É possível ver o sincretismo enquanto estratégia, ação, fusão. O que não estamos habilitados a dizer é que se trata da mesma coisa. Sincretismo é ação, não são os entes misturados. A fé transcende. Buscar elementos comuns entre uns e outros é uma prática sincrética, mas não se pode dizer que sincretismo se trata de uma unificação de dois elementos distintos como se fosse apenas um, porque não são”, ressalta o historiador Francisco Nunes.

Um início de ano abençoado O ano de 2019 já estava chegando ao fim quando a galeota Gratidão do Povo desceu ao mar nas águas da Baía de Todos os Santos, na praia de Boa Viagem, na Cidade Baixa, em Salvador. Começava ali, à tarde, os festejos em celebração à Bom Jesus dos Navegantes, com a imagem sendo levada em procissão marítima até o Comércio e, de lá, em procissão terrestre para a Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia. O Terno da Anunciação desfila todo ano durante festejos em homenagem aos três Reis Magos (Imas Pereira)zxz Logo no início da manhã do dia 1º, uma multidão acompanhou o auge da celebração, que é a primeira festa popular do ano de Salvador. Após a missa na Basílica, onde esteve abrigada pela noite, a imagem retornou ao mar na galeota e, com um cortejo marítimo, foi até a praia do Porto da Barra, seguindo depois para a Ponta do Humaitá.

O encerramento da festa só aconteceu dia 05, quando uma nova procissão ganhou as ruas da Cidade Baixa. Desta vez, a imagem do Senhor Bom Jesus dos Navegantes foi levada ao lado das representações de Nossa Senhora da Boa Viagem e de Santa Dulce dos Pobres.

Terno de Reis A festa ainda nem tinha acabado quando no bairro da Lapinha o Terno de Reis já era celebrado. De 03 a 06 de janeiro, a programação contou com alvorada, missas e desfiles de grupos culturais da Lapinha à Soledade. Essa é uma das poucas manifestações culturais religiosas de Salvador que não tem relação com o mar e nem procissão com a imagem de um santo.

A Solenidade da Epifania do Senhor, conhecida como Festa de Reis, tem origem na tradição católica, que lembra o dia que Jesus Cristo, recém-nascido, recebeu a visita de três Reis Magos: Belchior, Gaspar e Baltazar, vindos do Oriente, guiados por uma estrela.

Os três Reis Magos levaram a Jesus ouro, incenso e mirra, que representam as três dimensões de Cristo: a realeza, a divindade e a humanidade. Tais presentes simbolizam o futuro da missão de Jesus.

“A cultura popular, através de manifestações religiosas como o Terno de Reis, expressa a fé e a alegria do povo. Essa é uma festa especial, expressiva, que recorda a alegria das pessoas pelo nascimento de Jesus”, conta o padre Edilson Bispo, que celebrou na festa deste ano sua última missa à frente da Igreja da Lapinha. Agora ele pertence à Igreja da Penha, na Ribeira.

Se depender da devota Iara Maria Borges Pinto, 57 anos, a festa irá permanecer sempre viva. Há 28 anos, a professora aposentada desfila pelas ruas da Liberdade com o Terno da Anunciação, oficial da paróquia, com roupa estampada, arco de flores na cabeça e um belo sorriso no rosto. “Eu amo! Levando alegria ao povo, consigo atrair mais devotos para a nossa igreja”, explica, animada.

O pároco agradece tamanha dedicação: “Acho necessário que a cultura seja preservada. A Bahia e o Brasil têm essa vivência popular, folclórica, que contribui muito para a manifestação da fé do povo”. Dezenas de embarcações acompanham a procissão marítima em celebração à Bom Jesus dos Navegantes (Valter Pontes/Agecom)

A Sagrada Colina

Nem é preciso ser baiano para acreditar no poder do Senhor do Bonfim. A fama do padroeiro do estado vai longe. Atrai milhares de turistas todos os anos para Salvador. De brasileiros a estrangeiros, em qualquer época do ano.

Não há um dia em que não se possa ver fiéis amarrando suas fitinhas nos gradios da Colina Sagrada, em Bonfim, Salvador. Uns pedem, outros agradecem. Todos numa mesma fé que mantém viva uma das maiores Festas Populares de Salvador, que tem seu auge amanhã, com uma procissão que começa na Igreja da Conceição da Praia e percorre 8km a pé até as escadarias da Colina Sagrada, onde baianas lavam as escadarias da Basílica. O padre Edson Menezes é há 11 anos o reitor da Basílica do Senhor do Bonfim (Imas Pereira) Um manto branco, formado por peregrinos e fiéis, é visto de longe. Dona Georgina Duarte de Santiago tem 80 anos e não lembra de uma edição que tenha perdido até hoje. Nascida e criada no bairro do Bonfim, recorda com saudosismo do tempo em que ia, ainda pequena, acompanhar a avó.

“A festa do Bonfim era um luxo, todo mundo bem arrumado, de chapéu. Hoje o pessoal vem mais à vontade. Mas tudo muda com o tempo, né? O importante é que continua boa. Pra mim, é a melhor festa da cidade. Não perco uma”, conta, empolgada, ao revelar que todos os pedidos já feitos ao Senhor do Bonfim foram alcançados. “Ele é muito bom pra mim!”, completa, animada.

A festa emociona também quem está lá à serviço.“Quando eu vejo aquela grande multidão, eu só tenho que dizer a Deus ‘Muito obrigado’. Vendo no rosto de cada pessoa um semblante que expressa tantas necessidades e tantas grandezas, fortaleço muito a minha fé. Cada vez que eu subo naquela janela, eu me sinto mais forte e mais animado para continuar cumprindo a missão que Deus me confiou” padre Edson Menezes, que há 11 anos é o reitor da Basílica Santuário Senhor do BonfimEle é um dos atuais guardiões desta tradição que começou em 1745, quando o capitão de mar e guerra português Teodósio Rodrigues de Farias trouxe uma imagem do Senhor do Bonfim da cidade de Sepúlveda, em Portugal, para Salvador. O presente foi ofertado em retribuição a uma graça alcançada: por fé, foi salvo de uma tempestade em alto mar.

A imagem, por nove anos, teve como casa a Igreja da Penha, na Ribeira, enquanto a capela em homenagem ao santíssimo estava sendo construída no bairro do Bonfim. Somente em 1754 a imagem foi transferida para a Colina Sagrada. “Antes não existia nenhum evento, nenhuma procissão, nenhum culto. A intenção não era ser a maior festa popular religiosa de Salvador, mas se tornou por uma série de fatores”, como ressalta o jornalista e pesquisador Nelson Cadena, autor do livro. Com 80 anos, a devota Georgina Duarte de Santiago não se recorda de um ano sem ir à Lavagem do Bonfim (Imas Pereira) O primeiro deles foi pela localização. Região de veraneio da elite, a Península de Itapagipe sempre foi vista com bons olhos por quem passava por Salvador. O segundo ponto importante naquela época era pela dificuldade de acesso. Era apenas pelo mar, limitando o acesso aos moradores de Itapagipe, o que mantinha um ar de exclusividade em quem frequentava.

Mas os trabalhadores que faziam acontecer o novenário pelo Senhor do Bonfim mudaram os contornos da festa. “Faziam os serviços básicos e se tornaram fundamentais. Carregar lenha para garantir a iluminação e água para limpar as escadarias para a missa campal eram ofícios dos escravos. Daí surge a tradição da lavagem das escadarias”, relata Nelson Cadena.

Com a mesma espontaneidade começa o cortejo. O acesso terrestre, construído pela Irmandade do Bonfim, permitiu que a festa se tornasse mais popular. Bem quista por todos, a demanda de transporte, feita principalmente por bonde, não foi suficiente para atender tantos peregrinos. Para chegar até a Basílica muita gente optava por ir mesmo a pé.

E é assim até hoje. Baianos e turistas se unem para uma grande celebração, que neste ano começou no dia 09 de janeiro e só termina no próximo domingo, dia 19. “Fazer parte da organização de uma festa como a do Bonfim é muito gratificante, que me causa muita alergia de poder participar de todo este processo. Eu peço sempre a Deus a graça da humildade para poder cumprir a minha missão com fidelidade e respeito às manifestações de fé, culturais e populares do nosso povo”, destaca o reitor da basílica.

PROGRAMAÇÃO DA FESTA JUBILAR DO SENHOR DO BONFIM 2020 - 275 ANOS ENTRE NÓS DIA 15 - QUARTA, ÀS 19H 7ª noite de novena Pregador: Pe. Sérgio Ricardo Gomes de Freitas, Pároco da Paróquia de N.S. da Conceição - Periperi. 8h - Saída da Imagem do Senhor do Bonfim para translado marítimo até o Segundo Distrito Naval. Não haverá procissão marítima.

DIA 16 - QUINTA, ÀS 7H Tradicional Lavagem das Escadarias da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim. Às 7h - Saída da 7ª Caminhada (Lavagem de Corpo e Alma) da Conceição da Praia - Comércio, conduzindo a Imagem Peregrina do Senhor do Bonfim. Ritual da Lavagem das Escadarias da Basílica

DIA 17 - SEXTA, ÀS 19H 8ª noite da novena Pregador: Pe. Wellington Slva, C.Ss.R - Vigário do Santuário Divino Pai Eterno - Trindade - GO e apresentador da TV Pai Eterno.

DIA 18 - SÁBADO ÀS 19H 9ª noite da novena Pregador: Pe. Alberto Monte Alegre Vieira Neves.

DIA 19 - DOMINGO DIA DA FESTA 5h - Alvorada Horários das Missas: 5h, 6h, 7h30, 9h, 15h. 10h - Missa Solene presidida por Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger. 16h - Procissão dos três pedidos. Local de saída: Igreja dos Mares. Encerramento com oração do Ano Jubilar, bênção do Santíssimo Sacramento e queima de fogos de artifício. Esta será a primeira festa em celebração ao Senhor do Bonfim após a reforma da Colina Sagrada (Imas Pereira)

É dia de festa na Ribeira

A Segunda-feira Gorda da Ribeira começou de forma despretensiosa, em meados do século XVIII, e ganhou tamanha projeção que entrou para o calendário oficial de Festas Populares de Salvador por volta de 1944.

Foi por um número expressivo de romeiros e fiéis que perambulavam pelas ruas da região, após o fim da última missa campal do novenário na Colina Sagrada, que surgiu o encontro animado por bebida, comida e muita música na Península de Itapagipe.“Muitas dessas pessoas vinham do Recôncavo, do Sertão, e ficavam na casa de amigos e familiares na região da Ribeira até o outro dia para conseguirem transporte para voltar para casa. Nasce com essa marca de familiaridade o primeiro grande desdobramento da Festa do Senhor do Bonfim”

Francisco Nunes, historiadorOs barraqueiros passaram, então, a não mais descansar depois de servirem comidas e bebidas na Colina Sagrada. Só paravam o tempo necessário de deslocar as barracas de onde estavam para a Avenida Beira Mar, na Ribeira, para atender a essa nova demanda. Daí que a festa, que era apelidada de Segunda-feira do Bonfim, se tornou Segunda da Mudança, em referência à mudança de lugar dos barraqueiros.

A manifestação cultural cresceu tanto que, por muitos anos, foi considerada a primeira prévia do Carnaval de Salvador. Eram ternos, bandas militares, cordões e escolas de samba. Foliões fantasiados. Casas ornamentadas. A partir de 1920, carros alegóricos percorriam as ruas da região. Depois trios elétricos foram incorporados à festa, com artistas de grande projeção lançando os novos sucessos musicais.

Foi nesta época, em alusão à figura do Rei Momo, que passou a se chamar de Segunda-feira Gorda da Ribeira. Já o cardápio da comilança sempre ficou por conta dos barraqueiros. Até hoje é assim. E se na Colina Sagrada não pode faltar feijoada para os peregrinos, o prato mais disputado da “ressaca do Bonfim” é o cozido, vendido a preços populares. A comida mais pedida da festa popular é o cozido, vendido a preços populares nas barracas (Foto: Jefferson Peixoto/Secom) “Isso desde o tempo de minha avó, que já tinha a Barraca Floresta. A tradição chegou até a mim, que tento hoje manter a duras penas a nossa festa. Esse ano estamos tentando sair com 35 barracas. Sabe quantas eram montadas antes? 150!”, conta Railda Carvalho, presidente da Associação dos Barraqueiros de Festas Populares do Estado da Bahia, que participa há 40 anos da Segunda-feira Gorda da Ribeira.

Hoje em dia não há mais trios, foliões fantasiados e grandes aglomerações. A música e os quitutes ficam por conta das barracas, que deixam viva a tradicional festa da Ribeira. Quer participar? Se programa para curtir o dia todo! A festa começa cedo e vai até 22h na Avenida Beiramar.

Para louvar e agradecer Quem chega à Igreja de São Lázaro no dia em que se celebra o santo, todo último domingo do mês de janeiro, recebe como boas-vindas um banho de pipoca. O ritual, ofertado por candomblecistas que neste mesmo dia celebram Omolú, é peculiar desta Festa Popular de Salvador, que em 2020 irá ocorrer no dia 26 de janeiro. O banho de pipoca em frente à Igreja de São Lázaro é tradição da festa em celebração ao santo católico (Marina Silva/arquivo Correio) A programação cristã se inicia com uma alvorada, logo cedo, às 5h30, que é seguida por uma reza do terço. Durante o dia, dentro da paróquia, quatro missas são celebradas: 7h, 9h, 11h e 15h. Após a lavagem das escadarias, à tarde, uma procissão com a imagem de São Lázaro segue até a Praça do Campo Santo, na Federação.

Na festa, milhares de devotos vão agradecer pela cura de doenças ou pedir proteção com a saúde. Isso por que São Lázaro é o santo católico protetor contra as doenças contagiosas, representado por um homem pobre que sofre com doenças como hanseníase. O orixá Omolu é a divindade invocada para resolver questões de saúde, principalmente as doenças epidêmicas.

A paróquia foi construída por escravos no século XVI. Em 1762 passou a funcionar, ao lado da igreja, um hospital de isolamento para recolher doentes contagiosos que chegavam da África, desativado em 1787.

O projeto Festas Populares é uma realização do jornal Correio com patrocínio da Claro e apoio institucional da Prefeitura de Salvador.

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