Flávio Bolsonaro nega 'rachadinhas' com Queiroz: 'iria abrir franquia?'

Senador publicou um vídeo em redes sociais

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  • Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 21:17

- Atualizado há um ano

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O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) se defendeu das acusações do Ministério Público do Rio de Janeiro em um vídeo publicado em suas redes sociais nesta quinta-feira (19). Investigação mostra que Flavio, filho de Jair Bolsonaro, criou um esquema de "rachadinhas" e lavagem de dinheiro em seu gabinete quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.

Flávio Bolsonaro negou as acusações e disse que era vítima de perseguição. A defesa do senador pediu no Supremo Tribunal Federal a suspensão da investigação do Ministério Público.

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Sobre os depósitos no total de R$ 2 milhões na conta do seu ex-assessor parlamentar, Fabrício Queiroz, Flávio disse que não tem qualquer relação com os pagamentos feitos ao longo de 12 anos."Grande parte, a maioria esmagadora desses recursos são oriundas dos próprios parentes dele que trabalhavam lá também. Ele já falou isso publicamente, que geria os recursos da família. A família depositava o dinheiro em sua conta e ele fazia o que queria com o dinheiro. O que é que eu tenho a ver com isso?".Ele negou que tenha usado uma franquia da loja de chocolates da Kopenhagen, em um shopping do Rio, para lavar dinheiro. Flávio é sócio da loja junto com a mulher.

"Agora estão atacando a minha loja de chocolates, que foi comprada com recursos meus e da minha esposa. Tudo declarado no imposto de renda e informado à junta comercial (...) Se eu quisesse lavar dinheiro iria abrir uma franquia, que tem um controle externo da franquiadora e auditoria? Iria abrir uma outra atividade qualquer que não devesse satisfação para ninguém. Se eu fosse vagabundo, como muitos pensam, você acha que eu ia estar preocupado em abrir uma franquiazinha, um negócio particular fora do meu mandato? Eu sempre fiz tudo direitinho dentro da lei."

Sobre a venda dos apartamentos

"A questão, agora, dos meus apartamentos. Virou moda. Só porque eu consegui comprar um apartamento num preço bom, eu estou lavando dinheiro com imóveis agora. Para que todos entendam: são duas quitinetes que eu comprei, de 29 m², sem vaga na garagem, 'cacarecadas', lá em Copacabana. Eu comprei de um grupo de investidores americanos que estava saindo do Brasil e óbvio que eu consegui negociar um preço melhor porque foram dois imóveis do mesmo vendedor. Eu não posso comprar mais barato? Tenho que comprar mais caro pra não ter suspeita?", disse.

Sobre a parcela de apartamento paga por PM

"Outra sacanagem que estão fazendo com o Diego, que é um policial militar amigo meu e que, em uma única ocasião na minha vida, se eu não me engano, era porque o banco já tinha fechado e eu não tinha aplicativo no meu celular na época, eu pedi pra ele pagar uma conta pra mim. Uma parcela de um apartamento que eu estava pagando. Ele pagou e depois eu o reembolsei. Ele é um pequeno empresário e comprava produtos na minha loja no final do ano para dar de presente aos clientes."