Fogo é controlado parcialmente na Chapada Diamantina

Mineração ilegal pode ter motivado início do fogo na região

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 4 de novembro de 2019 às 19:46

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Prefeitura de Rio de Contas

O incêndio que há uma semana destrói a vegetação nativa Parque Municipal Natural da Serra das Almas, em Rio de Contas, na região da Chapada Diamantina, na Bahia, foi parcialmente controlado neste final de semana, segundo informações da Prefeitura local.

Numa das principais áreas atingidas, entre 15 a 20 km da cidade, nas proximidades do Pico das Almas, de 1.800 metros de altitude, os trabalhos já estão na estapa de rescaldo do que ainda sobra dos focos de incêndio. A estimativa é que durante uma semana o fogo tenha consumido 1.200 hectares de mata. Todo parque tem área de 4.375 hectares.

“A parte que tem ainda fogo é mais na área da Serra das Almas na parte que fica para Livramento de Nossa Senhora [município vizinho a Rio de Contas]”, informou a coordenadora de Meio Ambiente de Rio de Contas, Dilceléia Anjos Santos, acrescentando que nesta terça-feira chega à cidade um reforço de mais de 30 brigadistas voluntários.

Eles são oriundos das cidades de Seabra, Andaraí, Barra da Estiva., Abaíra e Piatã, municípios que também fazem parte da Chapada Diamantina. “Eles vêm para trabalhar, sobretudo, no rescaldo dos pequenos focos, para evitar que haja reignições”, completou Dilceleia.

As chamas estão sendo combatidas por 21 bombeiros especialistas no combate a incêndios florestais, 11 brigadistas e três militares do (Graer), segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema).

Os bombeiros e brigadistas contam com o suporte técnico, operacional e logístico do Programa Bahia Sem Fogo, ligado à Sema e que empregou quatro aeronaves do tipo Air Tractor, com o lançamento direto de água sobre o fogo.

Também foram disponibilizados cinco veículos terrestres e um helicóptero do Graer. As áreas mais devastadas pelo incêndio foram reservas particulares do patrimônio natural, as RPPNs – a mais atingida foi a RPPN da nascente do Rio do Junco. Oito nascentes também foram prejudicadas pelas chamas.

Técnicos da Sema investigam as causas do incêndio, que pode ter sido provocada por mineração ilegal, com a explosão de dinamites. Locais com marcações de explosão em pedras foram encontrados pela Prefeitura de Rio de Contas, além de um buraco com pedras quebradas.