Funcionário é suspeito de participar de roubo milionário de ouro em Guarulhos

Supervisor disse à polícia que foi cooptado por bandidos

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  • Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2019 às 19:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Quatro suspeitos de terem participado do roubo milionário de uma carga de quase 720 quilos de ouro, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), foram presos, neste final de semana, pela Polícia Civil paulista. A  informação foi divulgada neste domingo, 28, pelos investigadores do roubo.

Segundo o site G1, os detidos são dois funcionários do aeroporto: o supervidor encarregado dos despachos no terminal de cargas, Peterson Patrício, 33 anos, que chegou a dizer à polícia que havia sido mantido refém pelos bandidos, juntamente com sua família; e um ajudante dele no terminal, que teria sido o responsável por convidar o supervisor para fazer parte do roubo. A polícia não divulgou o nome do ajudante.

Os outros dois presos são os donos do estacionamento em que as caminhonetes usadas para a fuga foram encontradas. Os dois foram detidos na noite deste domingo.

O roubo aconteceu na quinta-feira, 25, e os ladrões usaram veículos clonados identificados como sendo da Polícia Federal para entrar no terminal e realizar o roubo. Ninguém ficou ferido na ação.

Reveja o momento do assalto:

Parente sequestrado

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, para executar o roubo, os ladrões teriam sequestrado parentes de um funcionário que teria informações privilegiadas sobre o funcionamento do local e o embarque da carga.

O sequestro teria acontecido na noite de quarta-feira, 24, e se estendido até a quinta. Isso teria facilitado a ação criminosa, que foi realizada com agilidade no início da tarde. 

As viaturas clonadas foram abandonadas e os investigadores acreditam que o grupo tenha trocado os veículos para dificultar a localização.

Confissão

A Polícia Civil afirmou que Patrício confessou que foi cooptado pelos assaltantes. Ainda segundo a nota da polícia, os investigadores já desconfiavam da participação de alguém "de dentro" do aeroporto no planejamento do roubo.

“A dinâmica do fato nos leva fortemente a crer que existe pessoas que conheciam a rotina de uma área restrita de um aeroporto internacional, de um terminal de cargas de um aeroporto internacional”, disse ao G1 o delegado João Carlos Miguel Hueb, pouco antes da prisão dos dois suspeitos.