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Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2021 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
O Fundo Emergencial para a Saúde Coronavírus Brasil (FES) arrecadou R$ 40,7 milhões entre os meses de março e outubro de 2020, graças às mais de 10 mil doações feitas por empresas e pessoas físicas. Os recursos foram utilizados na compra de equipamentos hospitalares, de proteção individual (EPIs), medicamentos e testes para o diagnóstico da doença. Agora, o Movimento Bem Maior, BSocial e o IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, idealizadores do fundo estão lançando um guia mostrando como foi estruturado o primeiro fundo filantrópico emergencial para combater os efeitos da Covid-19 no Brasil. >
Aqui na Bahia, o fundo destinou recursos um total de R$ 1,39 milhão para o Hospital Martagão Gesteira e a Fabamed, em Salvador, além da Santa Casa de Vitória da Conquista. O total de beneficiários do FES, que inicialmente seriam quatro – o Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/FMUSP), a Santa Casa de São Paulo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e a ONG Comunitas – acabou sendo ampliado para 61, distribuídos por 53 cidades de 25 estados brasileiros.>
objetivo do guia é inspirar a criação de novos fundos emergenciais. A publicação detalha desde como se deve fazer a escolha dos parceiros instituidores do fundo, a montagem de uma estrutura jurídica, com gestão e governança, passando pelas campanhas de comunicação e mobilização de redes, pelas estratégias de captação de recursos até a destinação do uso do dinheiro arrecadado. >
Os fundos filantrópicos emergenciais podem ser usados para minimizar os impactos decorrentes das mais diversas hipóteses de calamidade pública. Como os mecanismos ainda não são regulamentados por lei, a base jurídica da estrutura são contratos de parcerias.Para a diretora-executiva do Movimento Bem Maior, Carola Matarazzo, destaca os resultados obtivos. “A construção de um guia prático, a partir das experiências vividas dentro do FES, vem para reforçar o compromisso de juntos liderarmos uma nova fase da filantropia, uma filantropia de redes, de processos, de escala, onde o conhecimento é compartilhado e os resultados multiplicados”, ressalta. >
A diretora-presidente do IDIS, Paula Fabiani, acredita que o guia cumpre também o papel de prestação de contas. “Esse guia é, ao mesmo tempo, um passo a passo para a criação de novos fundos emergenciais e uma prestação de contas de tudo o que foi realizado no FES. É também um agradecimento aos que doaram, seja com 20 reais ou com 2 milhões de reais”, destaca. Para Mariana de de Salles Oliveira, sócia da BSocial, “este guia, relata a potência de boas parcerias entre organizações com propósitos comuns, em inovar e fortalecer a cultura de doação no país, ao mesmo tempo em que atualiza nosso compromisso de transparência e compartilhamento do conhecimento adquirido no processo”.>
O guia “Como criar um Fundo Emergencial” pode ser baixado gratuitamente em >