Gêmeos estupradores de São Paulo: autoria de crime é esclarecida após DNA de preso

Irmãos violentaram mulheres no mesmo bairro em épocas diferentes; um está foragido

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  • Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2019 às 22:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Foto: Reprodução/G1 Considerado foragido por cometer um estupro, Jadson Ponce de Leon acabou identificado como autor do crime por meio da análise do código genético de seu irmão gêmeo, Jefferson Ponce de Leon, que está preso. Segundo o portal G1, foi a primeira vez que a Polícia Científica de São Paulo resolveu um crime envolvendo dois irmãos idênticos.

A análise do código genético do irmão detento foi decisiva para apontar a autoria do crime de estupro praticado por seu gêmeo, no bairro de São Miguel Paulista, na Zona Leste da capital paulista. Uma câmera de segurança gravou a ação. A polícia se surpreendeu porque o estuprador parecia Jefferson, preso há um ano e quatro meses por um estupro cometido na mesma região.

Em maio de 2016, ele roubou e estuprou uma mulher de 22 anos durante a madrugada, quando ela seguia para o ponto de ônibus e pretendia chegar ao trabalho.

"Ele pegou minhas coisas, celular, meus pertences, e depois saiu. E depois, quando eu olhei para trás, ele estava perto de mim de novo. Me fez acompanhá-lo", contou chorando ao SP2, telejornal da TV Globo, nesta quarta-feira (4). Naquela época, dois suspeitos foram detidos: Jefferson e o irmão Jadson.

"Eles foram colocados em uma sala, a vítima olhou pela segurança e, sem nenhuma dúvida, apontou Jefferson como autor do delito", disse a delegada Dannyella Gomes Pinheiro.

A vítima ainda se lembra de detalhes do rosto do agressor, que usava aparelho nos dentes. "Por causa da pinta que o irmão dele não tinha e do aparelho. Então eu reconheci com a total certeza de que foi ele mesmo", afirmou a mulher. Jefferson Ponce de Leon foi condenado e está preso há 1 ano e 4 meses.

Segundo estupro Depois que Jefferson foi condenado, o material genético dele foi para o banco estadual de DNA e foi usado para comparar com os vestígios do segundo estupro.

"Se ele estava preso, ele não pode ter cometido outro estupro. Então, o DNA indicou que foi uma pessoa que tem o DNA igual do preso", explicou a delegada Dannyella Gomes Pinheiro, que passou a suspeitar de Jadson.

Dois dias após o crime, o homem sumiu e segue foragido. Os pais dos gêmeos negaram a participação do filho no crime e o caso foi parar no laboratório de DNA para confirmar a suspeita da investigação.

O banco estadual tem 6.400 perfis genéticos que podem ser usados em comparações. Com este caso, o laboratório ajudou a esclarecer 18 crimes no estado de São Paulo. As informações são do G1.