“Geraldo Jr. age como um tirano ao atropelar o Regimento e derrubar veto de forma irregular”, diz Paulo Magalhães Jr.

Líder do governo na Câmara Municipal de Salvador apontou que para derrubar o veto, Geraldo precisaria de 22 votos favoráveis, o que não aconteceu

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  • Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 18:45

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Valdemiro Lopes/CMS

O vereador Paulo Magalhães Jr. (União Brasil), líder do governo na Câmara Municipal de Salvador, afirmou nesta terça-feira (9) que o presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB), age como “um tirano, um ditador, que não respeita o Regimento nem nenhuma lei apenas para atender aos seus próprios interesses”. O líder governista disse que a derrubada do veto sobre o projeto que trata dos agentes de endemias foi feita de forma irregular sob a condução de Geraldo. 

“O que Geraldo está fazendo é criminoso e muito grave, sem quaisquer precedentes na história da Câmara. Nunca houve um presidente que descumpriu tanto o Regimento e a Lei Orgânica do Município. Geraldo age como um tirano, um ditador, que não respeita nenhuma lei apenas para atender aos seus próprios interesses”, criticou. 

Paulo Magalhães Jr. apontou que, na votação, Geraldo considerou votos de vereadores da base como favoráveis à derrubada do veto. Antes, contudo, o líder da bancada fez questão de enfatizar e registrar em ata que, caso uma votação fosse realizada, eles votariam contra. Além disso, para derrubar o veto, Geraldo precisaria de 22 votos favoráveis, o que não aconteceu.

“Geraldo perdeu completamente o senso de responsabilidade. Ele está fazendo palanque eleitoral aqui na Câmara Municipal, e isso é inadmissível. A Justiça da Bahia e o Ministério Público precisam se pronunciar sobre o que está acontecendo. Isso que aconteceu aqui hoje foi um crime, uma ilegalidade, improbidade administrativa”, salientou. 

Ele lembrou ainda que Geraldo Jr. vem descumprindo o Regimento e a Lei Orgânica com frequência, ao listar a reeleição do emedebista para a presidência da Casa, que não permitida pela Constituição, e a formação das comissões, sem respeitar a proporcionalidade partidária. Além disso, citou o jabuti incluído por Geraldo no projeto que trata dos agentes de endemias, desrespeitando um acordo construído com a própria categoria. 

“Nós lamentamos que Geraldo esteja usando de maneira covarde e cruel a boa vontade destes profissionais. Geraldo está vendendo um conto do vigário para os agentes de endemias, se aproveitando deles para atender aos seus interesses como candidato a vice-governador do PT. A Prefeitura segue disposta a negociar um reajuste que valorize a categoria e que, ao mesmo tempo, seja exequível, seja possível pagar com responsabilidade”, salientou.