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Gestão de risco para o controle do impacto da pandemia nos negócios

  • D
  • Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2021 às 05:37

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

A pandemia da covid-19 teve um impacto relevante para as empresas. Primeiro porque revelou que organizações que não conseguem se estruturar a partir de um planejamento estratégico podem ter sua sustentabilidade impactada por episódios extraordinários (que podem ser uma pandemia, mas também outras circunstâncias que provoquem eventuais instabilidades no mercado).

Também porque as empresas precisaram se reestruturar em tempo recorde, para poder atender às limitações de distanciamento social e ao home office – uma novidade para algumas.

Segundo dados publicados pelo Sebrae, 88% das empresas entrevistadas em uma pesquisa dirigida a compreender os impactos da covid-19 nos negócios indicaram uma queda de 69% do seu faturamento médio semanal já na primeira semana de lockdown. Um impacto muito significativo, que provoca a necessidade imediata de contenção de despesa. A gestão de riscos – exercício nuclear de qualquer planejamento estratégico eficiente – é uma ferramenta útil ao controle da despesa. O primeiro passo é realizar uma análise de riscos, diagnosticando as principais ações ou rotinas que podem repercutir em impacto negativo à sustentabilidade da empresa. Esse impacto negativo pode ser financeiro; mas também se pode focar no aspecto reputacional, de crédito e legal; por exemplo.   O simples diagnóstico dos principais riscos a que a empresa está exposta já empodera o gestor, que passa a ter mais visibilidade da sua operação, tendo maior nível de previsibilidade quanto ao que pode acabar acarretando consequências negativas à sua organização.

Com a clareza dos principais riscos é possível traçar um plano de contenção e controle, por meio de ações de mitigação que podem ter o propósito de evitar a ocorrência das consequências do risco ou de preparar a empresa para os impactos que a concretização do risco pode causar (criando um caixa que dê conforto financeiro à organização na hipótese da concretização do risco).

Além de a gestão de riscos dar mais estabilidade às organizações, ela também auxilia na construção da estratégia adaptativa, promovendo melhor dimensionamento da crise. A adaptabilidade é uma das características mais valorosas que uma organização pode ter – e a pandemia de covid-19 certamente mostrou isso.

As empresas que tinham como regra a rotina de trabalho presencial tiveram que – da noite para o dia – habituarem-se ao modelo de home office. Isso significou precisar assegurar que os equipamentos que os colaboradores teriam para trabalhar em suas residências lhes garantia conforto, produtividade e ergonomia. 

O impacto emocional da pandemia sobre as pessoas também afetou a produtividade e a habilidade de resolver problemas. Uma empresa adaptável, e que desenvolve um modelo de gestão interdisciplinar, consegue identificar mais rapidamente esta dor e atuar no sentido de promover a saúde mental de seus colaboradores. 

Fica evidente que a adaptabilidade é uma ferramenta essencial para a sustentabilidade das empresas. Ser adaptável é muito facilitado pela previsibilidade dos riscos, que promove a prevenção ou – ao menos – a preparação para suas consequências.

Assim, parece evidente que a pandemia de covid-19 confirma a importância de se desenvolver no âmbito das empresas estratégias voltadas à identificação, gestão e tratamento dos riscos que são inerentes a qualquer atividade empresarial. 

Eduardo de Avelar Lamy é advogado e consultor em Compliance Empresarial, sócio do escritório Lamy & Faraco Lamy, presidente da Comissão de Compliance da OAB/SC, professor associado da UFSC, doutor em Direito pela PUC-SP, membro da Associação Internacional de Compliance.  Anna Carolina Faraco Lamy é advogada e Consultora em Compliance Empresarial, sócia do Lamy & Faraco Lamy, mestre em Direito pela UFSC, doutora em Direito pela UFPR e membro da Associação Brasileira de Integridade e Conformidade.