Gigante é o destino do Vitória

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  • Paulo Leandro

Publicado em 7 de abril de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Categorias de base, marketing profissional e Estádio Manoel Barradas são os três dínamos para recuperação do vitorioso projeto do Decano em seu bom destino das conquistas gigantes.

Com o mercado em retração, os projetos de marketing estão em ritmo aquém do potencial de um clube nascido em 1899, cujo rastro ancestral produz sensação de não ter sido gerado nem um dia ser corrompido, como ente divinal ou eterno.

Arriscado aglomerar-se, logo, aquela a quem o Leão gera o sentido de existir, a torcida,  convive hoje no seguro ambiente digital, recuperando a memória do barradaoonline, pioneiro site de Luciano Santos.

Dos três vetores de crescimento do Vitória, é o momento de incentivo às categorias de base, como na Revolução de 1988, quando entusiastas rubro-negros alteraram o perfil do Leão.

Até aquele momento, a condição de sofredor, devotado ao neoolimpismo, às reuniões sociais e às regatas, nutria o perfil de agremiação inferior ao Ypiranga em títulos estaduais.

A mutação do Nego, de clube conformado a insaciável, de manso a feroz, incluiu o reforço de megacraques, como Bebeto e Petkovic, aos talentos a brotar, na aurora do solo sagrado da meca Canabrava.

Cumpriram os conselheiros abnegados o papel de manter vivo o clube, em seus jejuns de título, mas naqueles sacrossantos anos 1990, o Vitória virou a página de sua bíblia, saindo do velho para o novo testamento.

O milagre pode voltar a repetir-se, hoje materializado na substância primeira deste Rodrigo Chagas, de quem se pode predicar ser dedicado, comprometido, conhecedor, didático, aguerrido, corajoso e vencedor.

Não poderia existir professor melhor encaixado no kosmo rubro-negro, uma vez ter sido Rodrigo, lateral titular na ressurreição, saindo do calvário, para a Páscoa, ao fidelizar o coirmão com saborosos chocolates.

Eis o motivo da ira contra o presidente Paulo, à parte polêmicas da macropolítica, tendo este colunista adquirido detratores, por apostar no gigante, como o homem certo para, uma vez mais, reerguer o Leão caidinho.

Ao acompanhar os gritos de Rodrigo, jogando junto com seus comandados, a cada lance, e ecoando seus gritos na igreja vazia, pode-se ver, ali, a influência ativa do presidente Paulo.

Fosse o Vitória uma árvore, incontáveis seriam seus frutos, multiplicando-se os craques em torneios de base no exterior e nas seleções brasileiras de todas as idades, bastando verificar qual clube cedeu mais jogadores ao país pentacampeão do mundo em 2002.

Agora, o parto é conduzido por cobra criada na base, Wallace, elo da era zapatista com este momento de Samuel, David, Pedrinho, Gabriel Santiago, Eduardo, Mateus Moraes, Lucas Arcanjo, Ruan Nascimento, Hitalo, Maykon Douglas, Cedric, Paulo Vitor et alii.

Embora não se utilize do nome-fantasia “time de transição”, nem conte com adversários dengosos, o Leão fabrica peças de reposição, exercitando a virtude da moderação, quando o resultado não vem, mantendo-se o apoio às crias cevadas na Toca e na entoca.

Além deste cálculo prudencial, ilustrado nos cuidados com os rebentos, alia-se ao conhecimento de Paulo, Rodrigo e equipe, o senso de justiça para dar a cada um o correspondente ao seu talento; e a coragem de Leão a fim de voltar a colecionar títulos.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.