Gil do Vigor sobre socialização nos EUA: 'compra cerveja e vira o melhor amigo deles'

Globoplay lança documentário sobre o economista e ex-BBB nesta quinta (9)

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  • Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Globo

Gil está regozijando e regozijado. De férias no Brasil após o primeiro semestre de seu PhD na Califórnia, o ex-BBB virou documentário no Globoplay: Gil na Califórnia será lançado hoje  e conta, em cinco episódios, a mudança do economista, que conquistou a fama no Big Brother Brasil, para realizar o sonho de estudar fora do país. Na Califórnia, o documentário destaca as descobertas do menino pobre do Recife pelo mundo norte-americano.

Na série, é possível acompanhar a mudança de Gil, que passou por perrengues e ainda sequer conseguiu fazer a ficha cair sobre tudo que aconteceu em sua vida este ano. Durante encontro com a imprensa, ele contou que a dificuldade de comunicação foi mais difícil do que a própria língua estrangeira e confessou que para fazer amizades, aprendeu que os americanos gostam mesmo é de tomar uma: “descobri que é só pagar cachaça, compra cerveja e virar o melhor amigo deles”.

A série conta com uma captação documental íntima e ágil, que mostra a rotina e os destinos que Gil percorre no norte do estado da Califórnia. As paisagens e encontros com pessoas que moram na região despertam reflexões pessoais no economista. A partir dessas experiências, ele trata de temas que representam pilares em sua trajetória: liberdade, sexualidade, religiosidade, educação, família e origem. Documentário é dividido em cinco episódios (Arte: Globoplay/Divulgação) Foco nos estudos

O documentário é dirigido por Patrícia Carvalho e Patricia Cupello, que fizeram toda a direção aqui do Brasil, enquanto o vigoroso era acompanhado por uma equipe local na Califórnia. Patrícia Carvalho conta que conduziu a narrativa em cima de locais: em Recife, enquanto ele se preparava para fazer a viagem, e em todos os ambientes que conheceu em São Francisco, como a Golden Gate.

“A cada mergulho, indo para São Francisco, depois Califórnia, a cada viajada, cada lugar que ele conhece, tem uma reflexão, que o levam a mergulhar nessa história de vida bonita dele. A gente conhece essa história dele pautada no amor, na educação, mas conhecemos a essência desse menino: pobre, nordestino, com uma força muito grande da família para contrariar uma série de probabilidades. A educação e a força da família salvaram Gil e é uma forma muito bonita de contar”, disse Cupello.

Patricia Carvalho, por sua vez, resume o documentário em uma cartografia sentimental: “Fizemos o documentário porque é uma história de vida transformada pela educação. Isso pra gente tem um valor enorme e o Brasil merece conhecer e se inspirar nessa história. Queremos que as pessoas sonhem como Gil sonhou”. Gil disse que chorou vendo o primeiro episódio e se mostrou feliz por ter sua história registrada no documentário. “Acordei emocionado porque mexe muito ver a história da gente ali contada. O coração tá acelerado, a 200km/h”, brincou.  

Perrengues

Quem ver o documentário, vai poder acompanhar os bastidores da vida do economista num país novo. Segundo Gil, a comunicação foi mais complicada do que a própria linguagem. Por exemplo: em português, falar que gosta de uma pessoa não quer dizer paixão ou nada do tipo. Mas a tradução literal em inglês (I like you) tem um peso forte por lá. Gil saiu falando I Like You "para todos os machos e depois tive que explicar que aqui isso é diferente"."Eu tive um pouco de receio de falar. Eu estou cagando com quem não me entende. Mas fiquei preocupado de gerar desconforto pra alguém ou gerar alguma mensagem distorcida e  criar um mal estar dentro da sala. Era mais a comunicação que o idioma", contou. Gil conversou com a imprensa em coletiva virtual na véspera do lançamento da série documental (Foto: Reprodução) O pernambucano é o terceiro participante da 21ª edição do Big Brother Brasil a participar de uma produção do streaming da Globo. Antes dele, Karol Conká e Juliette Freire foram retratadas.

Gil na Califórnia vai contar a história do economista desde a infância difícil no Recife, mostrará a passagem pelo reality da Globo e terminará com a chegada do economista aos Estados Unidos, onde cursa o PhD na Universidade da Califórnia.

Projetos

Gil contou que não está com pressa para concluir o PhD no período mínimo de 4 anos e a experiência na Califórnia tem sido importante para a sua pesquisa, sobre mercado de drogas e violência, porque, no Estado em que vive nos EUA, há legalização de drogas e, dessa maneira, ele consegue ter um comparativo bem empírico dessa relação estudada em seu trabalho, principalmente quando pode olhar para o Brasil. 

“Aqui eu pude conhecer uma série de legislações, maneiras de uso e controles que não existem no Brasil. O fato é que lá é um lugar onde é legalizado e a taxa de violência é baixa, inclusive caiu após a liberação. E temos no Brasil um cenário onde é proibido e há muita violência. Quando me deparei com isso fiquei me perguntando ‘e aí?’, e tem sido aquele regozijo. É cansativo, dá muito trabalho, mas eu não vivo sem a ciência e sem a pesquisa”, disse.

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De férias no Brasil desde a semana passada, ele participou da festa que vêm chamando atenção em redes sociais, a Farofa da Gkay, e contou que deixou a agenda livre para viajar pelo sertão de pernambuco no final do ano para levar às pessoas uma mensagem que ele tanto defende: o direito de sonhar. 

‘Gil na Califórnia’ é um documentário original Globoplay, realizado pelo núcleo que produz documentários e especiais de Mariano Boni, diretor de gênero de Variedades da Globo. A obra tem direção executiva de Rafael Dragaud, direção geral de Patrícia Carvalho, direção de Patricia Cupello e roteiro de Washington Calegari.