Globo simulou entrada ao vivo na TV para negociar com criminoso, diz coluna

Homem manteve repórter refém e exigir aparecer na TV e falar com Renata Vasconcellos

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  • Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2020 às 12:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O homem que fez uma jornalista refém na sede da Globo, no Rio de Janeiro, agarrou a repórter Marina Araújo ainda na rua, do lado de fora do prédio. Com uma faca no pescoço dela, ele conseguiu entrar no local. A informação é da coluna de Léo Dias na Metrópoles.

Segundo o colunista, logo que o homem entrou, os seguranças isolaram a área e chamaram a Polícia militar. 

O criminoso exigia entrar ao vivo na emissora e falar com Renata Vasoncellos, apresentadora do Jornal Nacional, que comemorava ontem aniversário de 48 anos. 

Quando percebeu que se tratava de um ato de uma pessoa desequilibrada, sem conotação política, a emissora resolveu colaborar com as exigências dele, mas de maneira cuidadosa, diz o colunista. 

A Globo simulou uma entrada ao vivo para que ele largasse a faca - aparecer no vídeo foi a primeira exigência dele. Por conta dessa simulação de gravação que foi feito o vídeo divulgado ontem, que mostra o homem com a faca e a repórter rendida.

Renata Vasconcellos também foi chamada para ajudar a acalmar o homem. A âncora do JN ficou próxima ao coronel Heitor Henrique Pereira, com as mãos para o alto. Ela usava a mesma roupa com que apresentou o jornal mais tarde.

Assim que viu Renata, o homem soltou Marina e jogou a faca no chão. Segundo o colunista, ele não gritou em nenhum momento "Globo lixo", ao contrário do que tem circulado em redes sociais. Em comunicado, a Globo também afirma que se tratou de uma ação de pessoa com problemas psiquiátricos.

Leia a nota:

“Na tarde desta quarta-feira, um homem invadiu a sede da TV Globo, no Jardim Botânico, portando uma faca. Ele fez a repórter Marina Araújo refém. A segurança da Globo rapidamente agiu, isolou o local e chamou a PM. O comandante do 23° batalhão da corporação, coronel Heitor Henrique Pereira, compareceu à emissora e conduziu a negociação. O homem, que ameaçava a jornalista, liberou a repórter após alguns minutos. Marina e todos os funcionários que estavam no local não se feriram e passam bem. A Globo repudia com veemência todo tipo de violência. Foi obra de alguém com distúrbios mentais, sem nenhuma conotação política. Um homem que exigia ver a jornalista Renata Vasconcellos. Seguindo instruções do comandante Heitor, Renata compareceu ao local onde estava Marina e o invasor. Tão logo ele a viu, largou a faca e libertou Marina. Foi preso imediatamente. A TV Globo agradece à PM, ao coronel Heitor e a todos os policiais, cuja condução foi exemplar. Marina se comportou com coragem, serenidade e firmeza, sendo fundamental para o desfecho da situação. Renata foi corajosa, desprendida, solidária e absolutamente imprescindível para que tudo acabasse bem. As duas profissionais estão bem. E foram recebidas pelos colegas com carinho e emoção”