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Morador de Sorocaba (SP) apresentou sintomas no dia 30 de dezembro e morreu em 11 de janeiro; doença é resultado de contaminação pelo arenavírus
Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 11:56
- Atualizado há um ano
Um morador de Sorocaba (SP), de 52 anos, morreu em decorrência de complicações causadas pela febre hemorrágica. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (20).
A pasta confirmou o caso de febre hemorrágica brasileira causada por contaminação do arenavírus. É a primeira vez em 20 anos que a doença é registrada no país.
O homem de 52 anos era morador da Vila Carvalho. A Secretaria Municipal da Saúde não divulgou o nome dele.
De acordo com o Ministério da Saúde, o paciente começou a apresentar os sintomas no dia 30 de dezembro e foi atendido em três hospitais de Eldorado (SP), Pariquera-Açu (SP) e São Paulo até morrer por complicações da doença no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP), no dia 11 de janeiro. Ele não passou por atendimento em Sorocaba.
A princípio, foram realizados exames para identificação de doenças como febre amarela, hepatites virais, leptospirose, dengue e zika. No entanto, todos os resultados foram negativos.
Ainda segundo o ministério, o morador viajou para as cidades de Itapeva (SP) e Itaporanga (SP), locais prováveis de infecção. De acordo com a secretária de Saúde de Itapeva, ele esteve na cidade por dois dias no mês de dezembro visitando os filhos e não apresentou nenhum sintoma da doença. O paciente não tinha histórico de viagens internacionais.
Não está confirmada a origem da contaminação. Até o dia 3 de fevereiro, funcionários dos hospitais por onde ele passou estão sendo monitorados e avaliados, assim como os familiares e pessoas que tiveram contato com o homem. De acordo com o G1, o ministério está considerando o caso como um evento de saúde pública grave por conta da raridade e da letalidade da doença.
No país, há registros de apenas quatro casos da doença, sendo três adquiridos em ambiente silvestre no estado de São Paulo e um por infecção em ambiente laboratorial no Pará. Todos foram contabilizados na década de 90, o último em 1999.