Greve na obra do metrô continua após audiência terminar sem acordo

Trabalhadores da construção pesada estão de braços cruzados há uma semana

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  • Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2018 às 17:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO

Trabalhadores da construção pesada e representantes de empresas da indústria não chegaram a um acordo sobre a volta ao serviço durante uma audiência realizada na manhã desta sexta-feira (13), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT5-BA), no bairro de Nazaré. Com isso, trabalhadores de diversas obras no estado, como a do metrô de Salvador, continuam em greve. A paralisação começou na sexta-feira (6).

"Ainda há uma intransigência do sindicato patronal. Tínhamos o interesse de sair hoje com um resultado que fosse satisfatório pra ambas as partes, só que eles continuam insitindo em retirar direitos já conquistados são longo dos últimos 15 anos", afirmou ao CORREIO o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem do Estado (Sintepav), Irailson Warneaux de Oliveira.

Entre os pedidos da categoria estão a manutenção do pagamento de R$ 365 de cesta básica, ao invés de um valor atualizado de acordo com o número de trabalhadores de cada empresa; permanência do contrato de experiência de 30 dias; além de serem contra a retirada da obrigatoriedade do pagamento da chamada Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros pontos da nova convenção coletiva.

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O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) foi procurado, mas até a publicação da reportagem nenhum representante da entidade havia sido localizado para comentar o assunto. A Secretaria do Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur) e a CCR Metrô, concessionária responsável pelo sistema metroviário da capital, optaram por não se posicionar sobre a greve.

Julgamento Em decorrência da falta de conciliação entre as partes, a desembargadora Maria de Lourdes Linhares, presidente do TRT5-BA e da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SEDC), marcou o julgamento do caso para o dia 26 deste mês, às 14h.

No entanto, se as partes chegarem a uma conciliação antes do julgamento podem comunicá-la ao Tribunal. "O Sintepav está à disposição pra empresa que quiser fechar acordo individual com o sindicato. Já têm algumas empresas entrando em contato", explicou o presidente do Sintepav.