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Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2021 às 14:23
- Atualizado há 2 anos
A CIPÓ Comunicação Interativa lança, nesta terça-feira (21), o Guia Conectando Direitos, um Guia Metodológico de Direitos Humanos e Educomunicação. Para a publicação, foram necessários cinco anos de atuação da organização com o Projeto de Comunicação para a Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes, feito em parceria com escolas públicas do Nordeste de Amaralina, do ensino fundamental II. Acesse aqui.>
O lançamento faz parte da programação da ação para juventudes protegidas no bairro, de forma presencial, e com diversos atores do território que compõem uma articulação em defesa dos direitos do público infanto-juvenil, com participação de educadores da CIPÓ e professoras das escolas envolvidas na produção do Guia.>
O Guia é a sistematização de experiências resultantes da parceria da CIPÓ com os Colégios Estaduais Alfredo Magalhães e Carlos Santana I. Todas as ações e atividades registradas por ele foram desenvolvidas no formato presencial, de forma articulada entre escolas e comunidade.>
Dentre estas, há oficinas de projeto de vida, direitos humanos e educomunicação, edital de fomento para professoras e professores e muita articulação e diálogo entre escola e comunidade, rede de atenção e cuidado, organizações locais, além da articulação da escola consigo mesma, com escutas mais frequentes e qualificadas entre as crianças e adolescentes, famílias, gestão, coordenação pedagógica, professores e funcionários.>
Volumes>
O Guia está dividido em dois volumes. O volume 1 convida educadores e educadoras a experimentar novas práticas e conteúdos por meio de reflexões sobre o dia a dia de trabalho e teve seu lançamento no dia 10 de dezembro, no Col. Estadual Carlos Santanna II, no Beco da Cultura - Nordeste de Amaralina.>
Já o volume 2 será lançado em fevereiro de 2022, nas jornadas pedagógicas das escolas públicas parceiras, e levanta os temas de direitos humanos, como podem ser abordados pedagogicamente e quais peças de comunicação são possíveis de elaboração tendo a participação ativa das/os estudantes do início ao fim do processo.>
“Vimos no percurso o quanto materiais metodológicos são necessários para inspirar e apoiar aquelas professoras que buscavam novas práticas e temas, principalmente quando se deparavam com o desafio de facilitar componentes curriculares da área de diversificadas como Cidadania”, analisa Fernanda Colaço, coordenadora da CIPÓ à frente do projeto e da publicação.>
O Guia, no entanto, pode ser útil para qualquer pessoa que deseje trabalhar com direitos humanos em sua prática pedagógica. A proposta é mostrar como é possível lançar um novo olhar para cada escola a fim de compreender em que momento ela se encontra e como vislumbrar que ela se deseje mais acolhedora, protetiva e mais afetiva. Como lidar diariamente com o racismo estrutural, com o machismo, por exemplo, e mitigar a violência doméstica, de modo a desnaturalizar as agressões verbais e físicas a que estão sujeitas crianças e adolescentes.>
“O Projeto de Comunicação para a Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes propõe fomentar uma comunidade escolar preparada e atuante na identificação de violências e na proteção dos mais jovens. Algumas mudanças já ocorreram naquele Território e a ideia é continuar o trabalho buscando outros impactos para tornar a escola um espaço cada vez mais democrático e protetivo”, explica a coordenadora.>
A publicação encerra com uma análise sobre impactos da pandemia no contexto escolar e nos mostra como o direito à educação está diretamente relacionado à democratização do acesso à comunicação. O direito à informação e à comunicação são uma condição básica para o exercício pleno da cidadania de crianças e adolescentes e para a consciência de direitos.>
Ao envolver crianças e jovens nos espaços de participação escolar e comunitário é possível traçar caminhos para experiências transformadoras. A metodologia de educomunicação da CIPÓ apresenta como esses processos são capazes de materializar o que há de mais potente e vibrante no trabalho com a juventude, a sua participação e sua capacidade de organização para manifestar seus próprios interesses, identidades, saberes e expressões.>
“Esperamos que o Guia inspire mais professoras e professores, coordenadores pedagógicos e gestores em suas práticas educativas e colabore para que mais escolas vislumbrem muitos outros caminhos possíveis de proteção e cuidado para seus estudantes”, conclui Colaço.>