Herdeiro da Red Bull entra na lista da Interpol por matar um policial

Milionário dirigia uma Ferrari quando atropelou o oficial

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  • Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 18:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O tailandês Vorayuth Yoovidhya, um dos herdeiros da Red Bull, está com o "alerta vermelho" ativado pela Interpol contra ele. Ele é acusado de atropelar e matar um policial em 2012 na cidade de Bancoc, capital da Tailância.

As autoridades do país asiático "vão colaborar com embaixadas tailandesas, policiais e forças policiais em todo o mundo para localizar o fugitivo antes de solicitar oficialmente sua extradição", disse Jaruwat Wisaya, comissário assistente da Polícia Nacional da Tailância.

O primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-Ocha, solicitou no final de setembro que Vorayuth, de 35 anos, atualmente desaparecido, fosse extraditado para o país para ser julgado em um tribunal local sob a acusação de condução imprudente que causou a morte de um pessoa, e por consumo de substâncias ilícitas.

No final de agosto, um tribunal tailandês emitiu um novo mandato contra o herdeiro após enorme indignação após a revelação de que o Ministério Público havia encerrado o caso em junho a pedido da polícia.

O descontentamento social pressionou as autoridades a retomar a investigação e a solicitar a reativação do mandato da Interpol, que havia sido desativado após decisão do Ministério Público.

Vorayuth é um dos netos do falecido Chaleo Yoovidhya, fundador da Krating Daeng (Red Bull) na Tailândia, que se associou ao empresário austríaco Dietrich Mateschitz para lançar a marca internacionalmente em 1987.

Em 3 de setembro de 2012, o herdeiro dirigia uma Ferrari preta pelas ruas de Bangcoc, por volta das 5h (hora local), quando colidiu com a moto de Wichean Klinprasert, um policial de 47 anos que foi arrastado cerca de 100 metros antes de fugir.

De acordo com a perícia, o carro estava viajando a cerca de 177 km/h em uma área central da capital tailandesa.

Wichean morreu na hora, e um rastro de óleo levou a polícia à luxuosa residência de Yoovidhya, que inicialmente havia informado que o carro estava sendo conduzido pelo assistente e motorista de Vorayuth.

O herdeiro acabou reconhecendo que estava dirigindo o carro, e o teste foi positivo para uso de cocaína e álcool.

As autoridades prometeram levá-lo à Justiça, mas ele faltou em oito intimações, fazendo com que fosse emitido um mandado de prisão em abril de 2017, embora o bilionário estivesse fora da Tailândia desfrutando de um estilo de vida luxuoso.

A retirada das acusações contra o herdeiro da família rica, no mês de junho, gerou uma onda de indignação no país.

O governo decidiu, então, criar uma comissão de investigação que levou à reabertura do processo e a demissão do procurador responsável pelo seu arquivamento.