Homem que estuprou e engravidou menina de 10 anos é preso

Informação foi divulgada pelo governador do Espírito Santo

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  • Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 07:39

- Atualizado há um ano

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O homem que estuprou e engravidou a sobrinha de 10 anos no Espírito Santo foi preso durante a madrugada desta terça-feira (18). A informação foi divulgada pelo governador Renato Casagrande (PSB).

"Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão repassada pela equipe segurança ainda hoje", disse o governador.

Foragido, R. H. de J., de 33 anos, ex-presidiário, ele já chegou a cumprir pena por tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma. O novo mandado de prisão, por estupro de vulnerável, foi expedido pela 3.ª Vara Criminal de São Mateus, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), na quarta-feira passada (12).

De acordo com a polícia, a prisão aconteceu na madrugada desta terça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os policiais civis capixabas estão voltando com o acusado para o Espírito Santo, mas não há previsão de quando ele chegará ao estado.

Grávida de cerca de 20 semanas, a criança interrompeu a gravidez em Recife, em Pernambuco. Ela já tinha desenvolvido diabetes gestacional. Com a descoberta da gestação, o tio da criança passou a ser investigado por estuprá-la desde os seis anos de idade.

Repercussão Apesar de a legislação prever a interrupção da gravidez em caso de violência sexual, a jovem teria tido o atendimento negado na unidade de referência no Espírito Santo, estado onde mora e, por isso, precisou ir a Pernambuco para realizar a interrupção da gravidez. Ao tomar conhecimento da vinda da criança, grupos contrários e favoráveis ao procedimento se aglomeraram em frente ao Cisam. O tumulto se formou com direito a bate boca e empurrões.

Ela chegou ao  Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no Recife, por volta das 16h. Cerca de uma hora depois, o óbito fetal já havia sido induzido, através de medicamentos. Segundo o médico Olímpio Barbosa, diretor da unidade de saúde, o processo de expulsão do feto leva de 12h a 24h. O diretor do Cisam disse que foi contactado após a decisão da Justiça. "Recebi uma ligação solicitando ajuda. Me passaram a decisão da Justiça e eu já tinha acompanhado o caso através da imprensa. O que fizemos é o que consta na Lei, que garante o abortamento em caso de estupro. Eu considero, no caso de uma criança de 10 anos que não deseja a gravidez, um ato de tortura."

O médico ainda destacou que a menina corria risco de vida, caso a gravidez fosse mantida. "Não é algo natural. Se trata de um organismo que não está formado. Há risco de hemorragia, parto prematuro, hipertensão algumas centenas de vezes mais alto do que em uma mulher adulta. O mais importante é preservar a vida dessa criança", argumentou.