Homem que se passava por policial nas redes sociais é preso no Rio de Janeiro

Investigado chegou a celebrar os "9 anos trabalhando na Polícia Civil". Preso, ele disse que se passava por agente por ter admiração pela carreira policial

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  • Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2021 às 00:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução e Divulgação/PC

Um homem que se passava por policial civil nas redes sociais foi preso pela própria Polícia Civil nesta terça-feira (29), no Rio de Janeiro. Os agentes da 19ª DP, no bairro da Tijuca, localizaram o investigado, identificado como Thierry Martins de Carvalho, no bairro do Barreto, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.    De acordo com o delegado Gabriel Ferrando, Thierry é investigado por usurpação de função pública. Mas a Polícia investiga se a identidade inventada servia para outros crimes.   "Queremos compreender o que está por trás dessa atividade dele, se é só essa coisa de rede social ou se tem algo a mais, tipo interesses econômicos ou golpes e por aí vai. Ele estava na posse de um tipo de medicamento, que será periciado, e se der resultado como algo proibido ela irá responder",  disse ao UOL.   Diversas armas de airsoft, que são simulacros de armas de fogo, além de coletes e outros equipamentos operacionais foram apreendidos com Thierry. O acusado utilizava o equipamento para se caracterizar nas postagens. A polícia ainda não confirmou se os uniformes eram verdadeiros ou réplicas.   Em suas redes sociais, o investigado chegou a escrever uma comemoração pelos 9 anos trabalhando na Polícia Civil. "Feliz 9 anos de carreira. 9 anos na maestria na corporação", escreveu o homem, acompanhando a mensagem com uma foto em que usava um colete e uma arma falsa.    Ele se passava por uma agente da Coordenadoria de Recursos Especiais - grupo de elite da Polícia Civil. Ele também marcava na localização a Delegacia de Homicídios, fingindo estar na especializada. Após ser preso, ele disse que se passava por agente por ter admiração pela carreira policial.    "As investigações prosseguem para apurar a real motivação e a eventual existência de pessoas que possam ter sido de alguma forma alvos de constrangimento pela atuação do suspeito, já que foram identificados registros de ocorrência contra ele, de que o mesmo ameaçava pessoas apresentando-se como agente público", disse a Polícia Civil.   Segundo o delegado Ferrando, o crime de usurpação de função pública não cabe prisão e, por isso, Thierry foi solto.    Ele chegou a publicar uma mensagem dizendo que a prisão dele era mentirosa e postou a foto de uma pizza para mostrar que estava em casa. "Só para comunicar que isso que estão acontecendo é fake, ok? Algum 'amigo', né? Querendo me derrubar, mas só para esclarecer", escreveu ele.