Homenagem à Mãe D’água abre festival de arte de rua 

FESTA ocorrerá também em São Brás e Castro Alves, reforçando o papel das grafiteiras e a força da ancestralidade

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 30 de janeiro de 2021 às 17:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Um enorme painel coletivo para saudar a festa da Sereia na comunidade do Solar Unhão marca a primeira atividade do Festival de Street Art da Bahia, que prossegue até o dia 14 de fevereiro. A iniciativa tem como objetivo dar visibilidade a essa expressão artística, além de criar um canal de divulgação do trabalho dos artistas de rua do estado. 

Nessa edição, os curadores se preocuparam em criar um espaço de destaque para as mulheres que atuam no graffiti, além de trazer a arte de rua para lugar de destaque nas artes visuais, reconhecendo seu papel importante na formação de indivíduos.  Para a diretora geral do Festival, a jornalista Elaine Hazin, depois da finalização do painel na Comunidade do Solar do Unhão, o Festival terá edições na localidade de São Brás, em Santo Amaro, e no município de Castro Alves. A presença feminina foi incentivada na primeira edição da realização que também terá edições no interior do estado e abordará a ancestralidade e a cultura local (Foto: Divulgação) Em Santo Amaro, os artistas continuarão falando sobre a atuação feminina através das marisqueiras e, em Castro Alves, a feira será o foco. “Em cada uma dessas intervenções, o festival vai chamar atenção para aspectos como a ancestralidade, a intolerância religiosa e o debate político”, esclarece. Para ela, a grande importância da arte de rua é que ela propõe sempre uma mudança de postura para os envolvidos, seja apreciando ou realizando. 

Além das intervenções urbanas, a primeira edição do Festival realizará três oficinas com os integrantes do Museu de Street Art (MUSA) e três encontros virtuais que podem são abertos e podem ser acompanhados por qualquer pessoa interessada, bastando acessar e se inscrever no site oficial do FESTA, o www.festastreetart.com.br.  

Elaine diz que a proposta festival é que ele seja contínuo à partir de agora, sempre visibilizando o trabalho desenvolvido por esses artistas urbanos. “Em todas as localidades onde os artistas de rua atuam é possível perceber uma mudança positiva e queremos manter isso”, finaliza.