Hospital de Sátiro Dias só tem oxigênio até quinta (31)

No hospital faltam medicamentos e até soro fisiológico

  • Foto do(a) author(a) Mario Bitencourt
  • Mario Bitencourt

Publicado em 29 de maio de 2018 às 19:42

- Atualizado há um ano

Sátiro Dias, no nordeste baiano, só tem oxigênio no único hospital municipal da cidade até esta quinta-feira, 31. A informação é do secretário de Administração Paulo Vieira. No hospital, faltam ainda medicamentos e soro fisiológico, tudo reflexo da greve dos caminhoneiros. “Até ontem, estávamos também sem botijão de gás na cidade”, disse Vieira.

A empresa que fornece o oxigênio para o hospital, segundo Vieira, é a Oxibras, com quem o CORREIO não conseguiu contato.

O município de 20 mil habitantes e que está sem combustível nos postos de revenda, decretou estado de emergência desde a segunda-feira, 28, por conta da greve, que deixou os postos de revenda de combustíveis vazios, impedindo a realização de serviços básicos, como coleta de lixo e atendimentos emergenciais por meio de ambulâncias.

Na Bahia, também já decretaram emergência as cidades de Jequié, Irecê, Casa Nova, Jaguarari, Vitória da Conquista e Amargosa.

Segundo explica o coordenador jurídico da União das Prefeituras da Bahia Isaac Newton Carneiro, os decretos não precisam ser reconhecidos pelo Estado ou governo federal, o que impossibilita, num curto espaço de tempo, saber quantas prefeituras já fizeram isso na Bahia.

“Os decretos são para garantir as ações emergenciais das prefeituras e resguardá-las da responsabilidade quanto a não execução de algum serviço público. No caso de Sátiro Dias, por exemplo, a prefeitura pode comprar sem licitação uma quantidade de oxigênio de outro fornecedor se a empresa com quem ela tem contrato não estiver podendo fornecer. Claro que a um preço razoável. Os decretos de emergência só precisariam ser reconhecidos se fosse para pedir verba estadual ou federal”, explicou Carneiro.