Ilê Aiyê abre inscrições para seu o 47º Festival de Música

Vencedores nas categorias Tema e Poesia vão ganhar entre R$ 3,3 mil e R$ 5 mil

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  • Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 05:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: divulgação

O Festival de Música Negra (FMN), tradição do bloco afro Ilê Aiyê, chega à 47ª edição, que será realizada online, em razão da pandemia. As inscrições já estão abertas, no site festivaldemusicanegra.com.br/, e vão até 19 de fevereiro. Os candidatos devem se inscrever na categoria Tema ou Poesia e anexar um áudio ao final do processo.

As canções serão avaliadas por uma comissão julgadora, que pode escolher até oito músicas de cada categoria para a final. As 16 músicas finalistas terão divulgação prévia em áudio e apresentadas ao público por seus intérpretes em live do FMN no dia 14 de março (domingo), diretamente da Senzala do Barro Preto. O público cativo do Ilê Aiyê poderá torcer pelos candidatos em tempo real.

Aberto a compositores de todo o Brasil, o Festival de Música Negra do Ilê Aiyê busca a preservação e a divulgação da música de matriz africana. A ideia é que as canções vencedoras possam integrar o repertório da Band’Aiyê. Muitas canções hoje presentes nos shows ou no Carnaval foram apresentadas pela primeira vez em edições passadas da seleção.

Nesta edição, o FMN irá premiar com os valores de R$ 5 mil, R$ 4.500 e R$ 4 mil os três vencedores da categoria Tema; e com R$ 4.500, R$ 4 mil e R$ 3.500 os três vencedores, da categoria Poesia. Os vencedores também receberão o Troféu Pássaro Preto, com tamanhos diferentes, a depender da posição de cada música.

O tema escolhido pelo Ilê Aiyê em 2021 é Meu Coração é a Linha 8 - Liberdade, propondo um mergulho nas suas raízes, no bairro onde nasceu, cresceu e vive o Ilê. É nesse universo singular de um dos bairros mais populosos e de maior população negra de Salvador, a Liberdade, que os compositores que optarem pela categoria Tema deverão se debruçar.

Uma apostila sobre o Tema está disponível no site do festival. O material inclui informações sobre a história do bairro, suas escolas de samba e batucadas, terreiros de candomblé, ruas e praças, passando pelo nascimento do Ilê Aiyê e do Muzenza, além de depoimentos de moradores, personalidades e historiadores.

“O Festival se constitui numa importante atividade artístico-cultural no processo de contar e cantar a história de reinos, países, personalidades, fatos, cultura e religiosidade africana e afro-brasileira, quase sempre invisibilizadas nas nossas escolas e em nossa memória. A mesma apostila que produzimos com o tema de cada Carnaval é utilizada nas escolas Mãe Hilda e Band’erê durante o ano letivo”, realça um dos coordenadores do festival de música, Sandro Teles.