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Imagem mostra momento que jovem é morta em assalto no Campo Grande


 

Delegada diz que a primeira informação é que as suspeitas são usuárias de drogas da região

  • Da Redação

Publicado em 02/08/2022 às 13:04:00
Atualizado em 18/05/2023 às 08:41:10
. Crédito: Reprodução

A delegada Andréa Ribeiro, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que várias unidades da Polícia Civil estão nas ruas nas buscas por duas suspeitas de tentar roubar e matar uma estudante de 15 anos nesta terça-feira (2) no Campo Grande. A inteligência da polícia analisa imagens e está colhendo informações para identificar as suspeitas - até agora, só os apelidos delas são conhecidos, mas também não foram divulgados. A delegada diz que a suspeita é que elas são usuárias de drogas que ficam na região.

"A informação inicial é que essas pessoas seriam indivíduos que circulam no local do fato e que possivelmente seriam usuárias de drogas. Estamos buscando informações, no momento temos o vulgo delas, mas a gente tem que trazer a informação completa", informou a delegada em coletiva no início da tarde.

"Estamos diligenciando desde as primeiras horas do fato. Departamento de Homicídios está na investigação preliminar do crime, muitas equipes mobilizadas para que a gente possa dar essa resposta o quanto antes, de identificar as autoras do crime e efetuar as prisões", acrescentou. "Já trabalham na análise dessas imagens, onde a gente consegue visualizar o momento da cena do crime".

Todas as informações coletadas serão confrontadas com depoimentos e imagens, diz a delegada. A menina estava acompanhada da mãe e da irmã mais nova, que ainda não foram ouvidas. "Os familiares estão muito abalados. Já mantivemos contato com um familiar da vítima e a gente se solidarizou com o sentimento de dor, dissemos que todas nossas equipes estão mobilizadas e a gente está tentando viabilizar o melhor momento de fazer a oitiva da família", explicou a delegada.

A delegada diz que ouviu "muitas versões", mas não é possível confirmar se houve reação à abordagem. "A informação que temos é que nenhum pertence da vítima foi levado, nem o celular", diz. "A princípio teria havido uma reação, mas estamos tentando aprofundar essa apuração". 

"Não temos essa informação de que essa arma seria do Exército ou não", disse a delegada sobre a arma usada no crime.

O corpo de Cristal deve ser sepultado essa tarde no Cemitério Campo Santo. 

Imagens Câmeras na região flagraram a abordagem. Uma primeira câmera mostra quando Cristal passa com a mãe e a irmã, pouco antes das 7h, a caminho da escola. Mais à frente, ela é abordada pelas duas suspeitas. Depois que Cristal é baleada, um homem que estava passando perto, usando uma mochila, para para ver o que está acontecendo e se aproxima para ajudar.

As imagens mostram as duas suspeitas atravessando a rua correndo. Testemunhas dizem que elas seguiram em fuga para a direção do Largo Dois de Julho.

Crime A adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, 15 anos, que seguia para a escola, teve seu caminho diário interrompido na manhã desta terça-feira (2). Ela foi morta durante uma tentativa de assalto, a pouco metros da sede do Comando Geral da Polícia Militar.

Moradora do Corredor da Vitória e estudante do Colégio das Mercês, a adolescente estava acompanhada da mãe e da irmã quando foi abordada. Segundo informações iniciais, no meio da ação, uma das suspeitas, que carregava uma pistola calibre 653, colocou a arma no peito da vítima e disparou contra ela antes de fugir.

O crime aconteceu em frente ao Palácio da Aclamação, próximo ao Campo Grande. Cristal não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo de ser atendida, ainda com o uniforme da escola. A mãe e a irmã de Cristal não sofreram ferimentos e estão em casa.

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Em nota, a Polícia Militar informou que foi acionada por volta das 7h através do Cicom. Equipes do 18º BPM, unidade responsável pelo policiamento da região, foram até o local e já encontraram a estudante baleada.

Os policiais acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte da vítima. A área foi isolada até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e da Polícia Civil, que investigará o crime.

Médico e perito do DPT, Marcos Mousinho foi um dos responsáveis por examinar o corpo da adolescente. Ele confirma que o disparo realizado a pouca distância. "Não foi um disparo à queima-roupa, mas foi muito próximo. A contusão no peito da vítima indica que o tiro ocorreu talvez a 40 ou 50 cm de distância. Um tiro direcionado para matar", afirma o médico, informando que o DPT ainda fará a necrópsia do corpo.