Internet, Neojiba e a educação

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  • Nelson Pretto

Publicado em 23 de julho de 2019 às 07:00

- Atualizado há um ano

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Há mais ou menos 25 anos começávamos a ver aparecer no mundo - e também aqui na Bahia - um jeito meio estranho de se comunicar a distância e que, rapidinho, ganhou muita fama. Era a tal Internet, ainda escrita com o I maiúsculo, pois era a rede das redes. É incrível que, com apenas esses 25 anos de convívio com a internet, já a transformamos numa das coisas mais presentes em nossas vidas. Interagimos com a rede e suas tecnologias com uma enorme naturalidade e frequência que até parece que ela sempre existiu em nossas vidas.

A UFBA teve um papel importante na liderança do processo de implantação da rede em nosso estado, sediando o Ponto de Presença da RNP (POP – Rede Nacional de Pesquisa) e, com isso, através de um comitê gestor local, conseguimos implantar a rede em Salvador e, lentamente, no resto do Estado da Bahia.

Tenho insistido que a implantação da rede no Brasil foi, de fato, uma política de Estado e não apenas de governo.

E a internet no país não parou de evoluir. Em 2009, começou a ser implantado um conjunto de redes de altíssima velocidade, como foi o caso da Rede Metropolitana de Salvador (REMESSA), conectando hospitais, universidades, centros de pesquisa e diversas outras redes corporativas dos governos federal, estadual e municipal.

Quando da sua inauguração, em 1º de julho daquele 2009, Salvador já estava coberta com 130 km de fibra ótica conectando 15 instituições. Hoje são mais de 300 km e 37 instituições parceiras.

Uma rede de alta velocidade possibilita a realização de muita coisa e, justo por isso, somos historicamente tão intransigentes defensores de que nossas instituições da educação e da cultura estejam conectadas com internet de qualidade. Com o que temos hoje, nada pode ser realizado que não seja o limitado consumo de informações. E isso só não nos interessa.

Um bom exemplo do que queremos pode ser visto na celebração dos 10 anos da REMESSA no início deste mês. Na programação da festa, além dos discursos, uma espetacular apresentação de um dos projetos mais significativos de nossa Bahia: o Neojiba. Mas aquela não foi uma simples apresentação. O que marcou aquele momento foi o fato de estar o Coro Juvenil na Reitoria da UFBA, no Canela, e a Orquestra Juvenil da Bahia lá no Parque do Queimado, nova e definitiva sede desse que é um dos mais magníficos projetos em andamento por aqui, que é Neojiba. Via rede, o espetáculo se conformou em um só, não importando a distância que separava os dois grupos. Tudo conectado via rede e sendo transmitido também pela internet. Isso só foi possível por conta da qualidade das conexões disponibilizadas pela REMESSA.

Quando iniciamos a implantação da internet aqui na Bahia, queríamos  poder conectar todo o estado em alta velocidade, para possibilitar, com isso, que as diversas instituições de ensino, pesquisa, cultura, saúde, pudessem interagir plenamente através das redes tecnológicas.

Esse é um desafio que ainda está posto para a nova secretária de Ciência e Tecnologia da Bahia, pois, da mesma forma que celebramos os 10 anos da REMESSA, conclamamos para a implantação urgente daquele inconcluso Plano de Banda Larga para o nosso estado.

Nelson Pretto é professor da Faculdade de Educação da Ufba