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Invasão latina: Colombianos e argentinos lotam bares e enchem hotéis

Ocupação hoteleira chega a 85%, gringos exaltam 'a gente' de Salvador e colombianos aprendem a cantar hino do Bahia

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  • Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2019 às 23:07

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Betto Jr./CORREIO

Cantado e tocado em cada esquina, em cada festa de largo, em muitas chamadas de celulares e até em festas de aniversário, o hino do Bahia ganhava um sotaque diferente com aquele grupo em pleno Terreiro de Jesus. Os colombianos ligaram uma caixa de som e, simplemente, começaram a cantar o hino tricolor, seguido por vários hits de forrós, sertanejos e axés. 

“Fizemos uma play list com músicas brasileiras para ajudar a gente a aprender português. Mas, o hino do Bahia é a mais tocada”, disse o colombiano Juan David, 32 anos, acompanhado pelos amigos Álvaro Leaño, Lina Arredondo e Felipe Holorin. Na verdade, não só o sotaque castelhano, mas o jeito de ser latino - diferente do brasileiro - está espalhado por diversos pontos da cidade, como a Barra, o Pelourinho e o Rio vermelho.

É o efeito Copa América que, na última hora, surpreendeu as expectativas de ocupação hoteleira e de bares e restaurantes na capital. Os hoteis estão cheios. Bares e restaurantes estão lotados. A invasão latina é liderada pelos colombianos, que são os mais numerosos da lista dos que compraram ingressos, seguida por argentinos, chilenos (que ainda vão chegar para o jogo contra o Equador, dia 21), os próprios equatorianos e venezuelanos. Essses últimos já começam a chegar para o jogo de amanhã contra o Brasil. 

O quantitativo de visitantes de cada nacionalidade não é divulgada. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) estima que mais de 687 mil turistas virão Salvador em todo o mês de junho, incluindo o período da Copa América. No primeiro final de semana da competição, a ocupação hoteleira entre sábado e domingo foi de 85% em pleno mês de junho.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hoteis (ABIH-BA), Glicério Lemos, acredita que, não fosse a crise da Avianca, a ocupação chegaria a 100%. “Uma ocupação dessa em competições esportivas, na grande maioria dos hotéis, só se viu na Copa do Mundo”, lembra. 

O resultado podia ser visto nos bares e restaurantes. “Essa época do ano, com chuvas e São João, costuma a ser muito vazio. A Copa América está salvando esse ano. O aumento é de cerca de 40%”, diz o gerente do bar Mais Amado Boteco, no Largo da Mariquita.  

Só para ter uma ideia, a estimativa da ABIH era de cerca de 55%. Os números só não são melhores porque muitos visitantes estão usando AirBnb. “Mas, toda a cadeia produtiva sai ganhando. Bares e restaurantes estão lotados”, diz Silvio Pessoa, da Federacão Baiana de Hospedagem e Alimentação (FEHBA). Torcedores se espalharam principalmente pela Barra, Pelourinho e Rio Vermelho (Foto: Betto.JR / CORREIO) Enquanto a quantidade de visitantes surpreende, os gringos exaltam a beleza de Salvador, mas, principalmente, a nossa gente: “Una gente muy amable”, repetiram todos os estrangeiros ouvidos pelo CORREIO. O colombiano Jonathan Parra, 26, que está hospedado pelo AirBnb na Barra, foi um deles. “Maravillosa”, disse ele, sobre nossa capital.  Show de dança latina em pelo Largo da Dinha (Foto: Betto.JR / CORREIO) Mesmo com toda a crise na Venezuela, se espera que a ocupação se repita no jogo do Brasil de amanhã. Ontem, os venezuelanos já se ajeitavam nas mesas do Largo de Santana, no Rio Vermelho. Ainda tímidos, assistiam ao “show de dança latina” dos colombianos que ainda comemoravam a vitória de 2x0 sobre a Argentina. 

Mais empolgado que ele, só o repórter da TV Cartagena, José Ricardo Belvo, que fazia entrevistas no Farol da Barra: “Nosso novo técnico deu uma nova identidade ao time. Tínhamos 12 anos sem ganhar da Argentina. Seremos campeões!”.