IPO: Madero recebe aporte de 300 milhões até abertura de capital

Rede de restaurantes  recebe ‘socorro’ do fundo americano Carlyle

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  • Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Imagem: Divulgação

O Fundo Madri, que pertence à gestora americana Carlyle, já possuía 22% da rede de restaurantes Madero desde 2019. Recentemente, o grupo fechou um novo contrato para realizar um aporte de 300 milhões de reais para dar uma folga até a abertura da empresa na bolsa brasileira.

O acordo foi divulgado em diversos sites de investimentos após o anúncio de que a abertura de capital da empresa na B3 foi adiada. A rede de restaurantes fundada por Luiz Durski Junior, em 2005, busca recursos com objetivo de pagar dívidas e expandir os negócios.

Venda de ações

Além de vender novas ações com o objetivo de aumentar o capital, a rede de restaurantes também divulgou um novo acordo no qual Luiz Durski, fundador do Madero, se comprometeu a vender mais de 2,4 milhões de ações ordinárias da companhia. De acordo com o anúncio, após as operações serem concluídas, o controle da empresa permanecerá nas mãos de Durski.

“A realização das operações aqui divulgadas, notadamente o aporte de capital pelo Madrid FIP na companhia está sujeita ao cumprimento de condições suspensivas usuais, incluindo a deliberação pela assembleia geral da companhia”.

Prejuízo

Até o mês de setembro deste ano a rede Madero reportou um prejuízo líquido de R$115,2 milhões de reais. Com isso, a dívida líquida de toda a companhia está na marca de 981,1 milhões de reais no período, o que resulta em um aumento de 80,5% em uma comparação anual. Essa pode ser considerada um dos reflexos da pandemia e também da estratégia de expansão do negócio.

A rede precisou prolongar os prazos dos empréstimos feitos com os bancos por diversas vezes. A principal razão para o adiamento do IPO (abertura de capital na bolsa de valores), se deu pela piora nas condições de mercado. A estratégia era abrir espaço para novos sócios através da venda de ações para melhorar a situação da companhia.

Os bancos BTG Pactual, Itaú BBA e Bank of America eram os responsáveis por coordenar a oferta de ações e dar um maior fôlego financeiro para a rede. O dinheiro do IPO tinha como principal finalidade quitar as altas dívidas, que eram em sua maioria com estes mesmos bancos e ainda assim continuar o processo de expansão dos restaurantes. Como a abertura de capital ainda não aconteceu, o Fundo Madri veio em socorro e abocanhou mais uma fatia da empresa.

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