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Já na Toca do Leão, Danilinho relembra parceria com Petkovic e evita comentar extracampo conturbado


 

Meia-atacante, de 30 anos, jogou com Petkovic no Atlético-MG, em 2008, quando ambos eram treinados por Alexandre Gallo

  • Fernanda Varela

Salvador
Publicado em 18/07/2017 às 16:47:00
Atualizado em 03/05/2023 às 17:35:06

O cenário é ruim e passa longe de encher os olhos, mas a chegada ao Vitória é vista como grande oportunidade para Danilinho. Não importa se o time tem apenas 29% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro, a briga política fora de campo, nem mesmo se tem sofrido na zona de rebaixamento. O que ele quer é calçar as chuteiras, entrar em campo e jogar.

Sem atuar desde 27 de novembro do ano passado, quando defendia o Fluminense, o meia-atacante de 30 anos ainda está fora de forma. "A gente vinha conversando sobre acertar a contratação, e a minha motivação em ter aceito o convite para vir é jogar. Eu estava parado. Graças a Deus o Vitória abriu as portas para mim. Espero ajudar os companheiros dentro de campo e ajudar o time a sair dessa situação. Eu vinha fazendo um trabalho à parte, mas estou fazendo duas sessões por dia de trabalho físico. Espero que em uma semana e meia eu já possa estar à disposição do treinador. Não adianta dar um passo maior que a perna. Vim para ajudar meus companheiros, não atrapalhar", avalia ele, que disse estar cerca de 60% pronto, durante sua apresentação oficial, nesta terça (18).Danilinho recebe a camisa número 70 das mãos de Petkovic (Foto: Fernanda Varela/CORREIO)Se seguir essa cartilha, ele estará apto a atuar contra o Cruzeiro, pela 17ª rodada, fora de casa, ou, no mais tardar, no jogo seguinte, contra a Ponte Preta, no Barradão.

Com uma carreira marcada por acusações criminais, Danilinho evitou falar das polêmicas e disse ter sua consciência tranquila. “Olha, todo mundo pode acusar. Hoje não é dia de me defender deles. Cada um julga quem quiser jugar. Minha consciência está limpa. O que eu deixo bem claro é que a torcida pode me cobrar o extracampo também. Mas o passado é passado, e eu vim para jogar agora”, respondeu brevemente e com semblante de incômodo. 

ReencontrosMal chegou à Toca do Leão, Danilinho já encontrou velhos conhecidos. Um deles foi o responsável pela sua contratação: o diretor de futebol Petkovic. Os dois tiveram uma breve passagem juntos, como atletas, pelo Atlético-MG, em 2008. Pouco tempo, mas, segundo o meia-atacante, suficiente para aprender muita coisa com o, agora, dirigente. “Foi um mês só que jogamos juntos, mas é uma grande pessoa, e (foi) um grande jogador. Nossa amizade é muito boa, mas depois desse 2008 a gente não conversou mais. Estou muito feliz dele me dar essa oportunidade. Já o Gallo, conheci em 2005. Trabalhei com ele no Santos. E, em 2008, no Atlético-MG. Foi pouco tempo, só um jogo. É um grande treinador, tenho certeza que ele vai fazer de tudo para tirar o time dessa situação ruim”, lembra.  Danilinho quer entrar em forma em 10 dias para ajudar o Vitória logo (Foto: Fernanda Varela/CORREIO)A situação é mesmo ruim. Vice-lanterna do Brasileirão, o Vitória somou só 12 dos 42 pontos disputados. Apesar da campanha, Danilinho, que acompanhou a situação de fora, diz que o time tem muito potencial para sair dessa situação. “É um time rápido, um time bom”, define.

Ele não sabe em que posição vai se encaixar na equipe. “Ainda não conversei com Gallo, mas lá no México eu jogava mais aberto. No Fluminense, eu já atuava mais pelo meio. Vou acertar com Gallo para saber qual o melhor jeito de jogar”, concluiu.  

Sem Danilinho e com mais alguns desfalques, o Vitória enfrenta o Grêmio na quarta-feira (19), às 19h30, no Barradão. Além do meia-atacante, o clube também terá as ausências dos zagueiros Fred e Wallace, que não atuarão devido a uma cláusula contratual com o tricolor gaúcho, além de Ramon, Willian Farias, Kieza e José Welison, todos machucados. Nesta terça, Fred apresentou dor na coxa e também foi parar no departamento médico.

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