Jacuipense tá 100%, mas só Alá é perfeito!

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  • Paulo Leandro

Publicado em 9 de março de 2022 às 15:45

- Atualizado há um ano

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Só perguntando a Milton Filho se já tivemos um clube com largada tão acelerada como esta agora mas a magia dos 7, 14, 21 do Jacuipense leva a crer tratar-se de uma nova versão de Disparada, música com a qual Jair Rodrigues teria ganho um daqueles festivais da canção no tempo de tudo virar belas artes, há uns séculos (tempo afetivo).

Foram 7 jogos e 21 pontos, alcançando o Leão do Sisal aquela situação de poder escalar time misto ou, até quem sabe, como chamamos, copiando os boçais, “time de transição”, repetindo feito abestalhados os textos dos departamentos de marquetíngue.

Não fosse a coincidência entre a qualidade do Leão Grená e a inclinação para praticar virtudes, pois o conhecimento sem a ética nada vale, e poderíamos até levar em conta a possibilidade de um recuo nas duas últimas rodadas. 

Bahia, arriscado cair para a segundona, e Atlético, lutando pelo bi inédito, iam curtir a súbita generosidade do nosso invicto sem empatar sequer um jogo!

Tem acontecido no Brasileiro com frequência reveladora de nossa falta de educação esportiva, um time já classificado ou com situação definida, abrir para outros ou dificultar propositalmente visando beneficiar a ou b, com malas branca, preta, lilás ou arco-íris.

Não seria este o mau exemplo do grande Leão, ao contrário, sair campeão vencendo todas as partidas seria uma glória comparável à do Ypiranga quando Santa Dulce dos Pobres comparecia ao madeirame do campinho da Graça aplaudir Popó e Dois Lados.

Em um olhar islâmico, “Só Alá é perfeito”, então seria aceitável o tropeço, mas olha: se abrir para o Bahia, vai enfrentar a Ira dos 124 mil profetas! 

Saindo do time homem para a equipe mulherrrr, a Juazeirense tem melhorado, jogue bem ou mal Neto Baiano, cuja presença em campo com a camisa da Querida Etiópia já dá uma animada na equipe, adversária do Vasco na Copa do Brasil.

O Bahia de Feira só conseguiu vencer a Juá, na finalização de Ruan (não vou acertar escrever o nome deste craque), chegando um pouquinho antes do beque. Em casa, o Bahia é perigoso porque está habituado a jogar em carpete tipo society:  uma blasfêmia porque a grama viva faz parte da história, uma vez terem sido as bolas pioneiras feitas do couro da vaca, cuja dieta é de folhinhas.

Nesta embolada, vale ressaltar março como mês correto para início da temporada, pois janeiro e fevereiro deveriam ser reservados à didática dos treinadores e à escolha de reforços, mas o calendário sem folga serve ao Deus Capital e não ao desporto dos mortais.

Por este descaminho, o Vitória tem mais chance de entrosamento porque joga menos, e vai melhorar com o trabalho de Dado Cavalcanti: ele já verificou em um jogo-treino a qualidade de Roberto e o Decano pode decolar se os atacantes treinarem finalizações a fim de calarem a matraca dos tricolores enrustidos lembrando toda hora a carência de gols do Campeão.

Quanto ao Bahia, prossegue o projeto SAF para depreciar o clube e depois “vim” um testa de ferro qualquer comprar o Esquadrão por uma merreca. É um golpe atrás do outro e você, tolinho, pedindo a cabeça do presidente em vez de formar na resistência à tomada do clube pelo IV Reich! Sim, e a bomba no ônibus, não teve nenhum indiciado? Ligue os pontos.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade