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Jogadores do Bahia de Feira destacam campanha de 'dar orgulho'


 

Tremendão já mira a Série D e acesso que seria inédito para o clube

  • Vitor Villar

Publicado em 21/04/2019 às 21:10:00
Atualizado em 19/04/2023 às 16:52:07
. Crédito: Arisson Marinho / CORREIO

Orgulho: palavra que mais foi repetida pelos atletas e integrantes do Bahia de Feira neste domingo (21), após o 1x0 que deu o título ao xará de Salvador. O time saiu aplaudido de campo.

“Não temos que lamentar o resultado porque o Bahia de Feira jogou para ser campeão, também. Foi um jogo limpo, poderia dar qualquer resultado. Se fôssemos campeões, não seria injusto”, afirmou o treinador Barbosinha.

“Não houve injustiça, mas sim a competência de um dos lados. Quando eles tiveram o pênalti, marcaram. Quando o pênalti foi a nosso favor, não fizemos”, completou, citando a cobrança perdida por Vitinho na etapa final.

Os atletas seguiram a linha do chefe: “É como eu disse no vestiário: os jogadores do Bahia de Feira ainda vão colher os frutos do desempenho que tivemos nessa competição. Não é o momento de baixar a cabeça e  nem de reclamar. É momento de ter orgulho de ter feito um grande jogo, de ter mostrado futebol diante de um time qualificado com mais de 40 mil pessoas na torcida”, disse o goleiro Jair.

Além de Jair, outros dois atletas são remanescentes do título baiano de 2011. Um deles é o meia Bruninho: “Perdemos um pênalti que poderia ter mudado tudo na decisão. Mas a equipe lutou até o final. Até a torcida do Bahia reconheceu e aplaudiu”, falou. O outro remanescente é o zagueiro Paulo Paraíba.

Jair é o mais experiente do elenco, com 39 anos. Para ele, a equipe atual tem tanto para se orgulhar quanto a de 2011: “Pela garra, determinação e vontade com que lutamos do início até o fim. O que fica de aprendizado é que, quando tivermos diante de outras equipes uma chance como aquele pênalti, não podemos perder. Temos que tirar essa lição do Baiano para as próximas competições”.

Série D

Com ‘próximas competições’ Jair quer dizer a Série D, que começa para o Bahia de Feira no dia 5 de maio, fora de casa, diante do América-PE. “Na Série D, o que faz um time subir é um detalhe como esse (o pênalti perdido). Cada jogo é uma decisão”, completou.

O time titular do Tremendão tem contrato para a Série D, mas alguns atletas aguardam por propostas: “Ainda não chegou nada para mim. Espero em Deus que chegue algo melhor”, contou Bruninho. “Estou sem propostas por enquanto, tá nas mãos de Deus aí”, disse Jair.

“Se eles saírem terei que ir ao mercado. É muito difícil recompor o elenco com a estrutura financeira que temos, bem diferente da do Bahia. Vamos trabalhar para subir”, concluiu Barbosinha.