Jornalista morta pelo marido no Réveillon em Porto Seguro queria voltar para SP

Irmã diz que ela não estava gostando de morar na Bahia; ela foi morta a tiros

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  • Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 14:52

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A jornalista Juliana de Freitas Alves Kurcinski, 41 anos, morta pelo marido na noite de Réveillon em Porto Seguro, já planejava deixar a cidade e voltar para São Bernardo Campo, na Grande São Paulo, para ficar mais perto da família. Ela havia se mudado para a Bahia com o marido com o plano de abrir uma pousada, mas ia voltar no dia 13 de janeiro, menos de três meses depois da mudança.

A irmã de Juliana, a também jornalista Roberta de Freitas Alves, falou dos planos que ela fazia. "Ela tinha me dito há alguns dias que não estava gostando muito de morar na Bahia, que queria realmente voltar para São Paulo", conta. 

O engenheiro Reges Amauri Krucinski foi preso em flagrante pelo crime, que aconteceu durante uma discussão dos dois. Ele matou Juliana com pelo menos três tiros. Ainda não se sabe o que motivou a briga dos dois. Krucinski segue preso na delegacia de Porto Seguro. 

Roberta diz que a irmã nunca relatou nenhuma situação de violência doméstica e que ninguém da família jamais presenciou algo do tipo. "A prisão conforta o coração. Nós queremos justiça e que ele continue preso", diz Roberta.

Mesmo em Porto Seguro, Juliana seguia trabalhando em uma agência de marketing voltada para dentistas. "Ele (o marido) queria que ela desse uma parada nesse trabalho para montar a pousada. Isso a incomodava porque a agência era um sonho dela", conta a irmã.

Juliana e Reges estavam casados desde setembro de 2020. Quando se conheceram, em uma viagem a Ilhabela, ele morava em Canoas (RS), mas se mudou para São Bernardo do Campo depois que começou o relacionamento. Juntos, eles tiveram um filho, que está com 11 meses. 

O bebê estava na casa, com a babá, na hora do crime. Também estão lá a filha mais velha de Juliana, de 10 anos, de outro relacionamento, e a filha de Reges, de 13 anos. Uma outra irmã de Juliana também estava no local. 

O corpo da vítima foi sepultado em São Bernardo do Campo na quarta (5). A investigação continua.