Jovem encontrada morta em praia do Prado é enterrada; grupo protesta e pede justiça

Érika foi encontrada seminua e com sinais de estrangulamento

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  • Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2021 às 14:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Érika Rodrigues Batista, de 18 anos, foi enterrada sob forte comoção nesta terça-feira (24), no cemitério Jardim da Saudade, em Teixeira de Freitas. Muito abalados, familiares custavam a acreditar na morte precoce da jovem, que foi encontrada sem roupas e com sinais de estrangulamento na praia do Peixe Grande, no distrito de Cumuruxatiba, que pertence ao município de Prado.

Um laudo do Departamento de Polícia Técnica já atestou que a jovem teve relações sexuais pouco antes do crime e, por isso, suspeita que ela tenha sido vítima de violência sexual antes de ser assassinada.

Nesta terça-feira (24) a polícia colheu novos depoimentos para tentar encontrar o autor do crime. Até o momento, o que se sabe é que a jovem foi acampar com o namorado e alguns amigos. O namorado dela foi para a barraca por volta das 22h30 e acordou às 3h30, dando falta dela.

Os amigos saíram juntos em busca de Érika, mas já encontraram a jovem morta, a cerca de 1km onde estavam acampando. Segundo o namorado dela, moradores próximos da região foram chamados para ajudar no socorro, mas uma médica da comunidade identificou que ela já estava sem sinais vitais.  Os amigos, que tinham consumido bebidas alcoólicas, acreditam que ela tenha saído para dar uma volta e se perdeu no caminho de volta. 

Protesto Inconformados com a brutalidade do crime, moradores de Curumuxatiba se reuníram nesta terça e fizeram uma manifestação pedindo justiça para que o caso de Érika não fique impune. O movimento foi organizado pelo Coletivo de Mulheres de Cumuruxatiba juntamente com o Conselho da Mulher de Prado, e contou com a participação de cerca de 100 pessoa. O ato ocorreu na Praça Central do município de Prado.. "Todas nós estamos correndo perigo, porque o assassino não tem rosto. Ninguém sabe quem é ele e, amanhã, ele pode estar na padaria da comunidade comprando pão e tomando café, já projetando o próximo assassinato. Precisamos cobrar das autoridades locais que dê respostas. Érika não pode ser só mais uma na questão da violência contra as mulheres", desabafou uma das líderes do movimento.

Também presente na manifestação, a professora Priscila Santos, presidente do Conselho da Mulher do Prado, lembrou que na véspera do crime esteve na comunidade para fazer uma palestra sobre o Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres.