Juiz manda bloquear valor em criptomoeda de suspeitos por invasão

Casal preso tem carteira com criptomoeda e R$ 99 mil em espécie

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  • Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2019 às 23:09

- Atualizado há um ano

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O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou nesta sexta-feira (26) o bloqueio de ativos em carteiras de criptomoedas dos investigados na Operação Spoofing. Quatro pessoas foram presas pela Polícia Federal na ação - elas são acusadas de invadir contas de autoridades em um app de mensagem. 

As criptomoedas são emitidas por sistema de computador e não têm compra e venda reguladas no Brasil. O juiz informou que a PF e o Ministério Público Federal apontaram necessidade de conseguir senhas e chaves das carteiras de criptomoedas do casal Gustavo Henrique e Suelen Priscila.

No dia após a prisão de Gustavo, o  advogado dele, Ariovaldo Moreira, afirmou que o cliente tem como comprovar a legalidade do dinheiro. "Ele é DJ e opera bitcoins e ele prova a origem do dinheiro", afirmou ao G1.

A PF diz que também aguarda análise dos registros de celulares e do computador de Walter Delgatti, que é o suspeito de ser o o principal envolvido na invasão.

A investigação ainda busca provas da existência de contas de criptomoedas controladas por Delgatti - até o momento, não encontrou nenhum dado. 

A quebra do sigilo bancário dos quatro já havia sido determinada na prisão dos investigados, além do bloqueio de ativos acima de R$ 1 mil. 

Segundo o juiz, os crimes investigações nessa operação são: organização criminosa (pena de 3 a 8 anos); invasão de dispositivo eletrônico (pena de 3 meses a 1 ano); interceptação telefônica sem autorização judicial (pena de 2 a 4 anos).

Ainda é preciso verificar "o completo cenário e a profundidade das invasões praticadas"; localizar a oridem dos R$ 99 mil em espécie apreendidos com Gustavo e Suelen e saber se o valor tem ligação com a invasão; investigar a apreensão em poder de Danilo Marques de 60 chips lacrados para telefone pré-pago da TIM.